Bortoleto cita falta de testes e diz que precisa “trabalhar muito mais” do que outros novatos

Ao analisar a preparação dos novatos do grid para a temporada 2025 da Fórmula 1, Gabriel Bortoleto se colocou como o menos experiente do grupo, já que, de acordo com ele, nunca participou de nenhum teste privado com qualquer equipe para conseguir se adaptar de maneira mais rápida ao carro da categoria. No entanto, minimizou tal desvantagem e disse que enfrentou a mesma situação na Fórmula 3 e na Fórmula 2, onde acabou se tornando campeão.

Andrea Kimi Antonelli, Jack Doohan e Isack Hadjar, por exemplo, já participaram de treinos livres na classe rainha e tiveram a oportunidade de completar alguns TPCs (testes com carros anteriores, da sigla em inglês) com Mercedes, Alpine e Racing Bulls/Red Bull, respectivamente, no passado. Oliver Bearman, por sua vez, possui três corridas no currículo — uma com a Ferrari e duas com a Haas, em 2024 —, enquanto Liam Lawson já foi à pista em 11 etapas nos últimos dois anos.

Após o fim do segundo dia dos testes coletivos de pré-temporada no Bahrein, quando completou 80 voltas e terminou as atividades na 15ª posição, novamente à frente de Nico Hülkenberg, companheiro de Sauber, Bortoleto foi questionado sobre as dificuldades extras que precisa enfrentar no processo de adaptação aos mecanismos do carro em comparação com os demais jovens da F1.

“Para ser sincero, eu não ligo”, disse em entrevista ao portal PlanetF1. “Na F3 e na F2 foi a mesma coisa. Para ser bem, bem sincero, nunca fiz nenhum teste privado na minha vida. Na F3, fiz dois ou três dias de GP3, que nem chegavam perto da F3. E depois, na F2, como era muito caro fazer um dia com o carro da GP2, eu não tinha a possibilidade de pagar por vários dias. Então fomos direto para o teste de pré-temporada no Bahrein e, bem, acabou dando tudo certo”, continuou.

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“Obviamente, quando estamos menos preparados do que os outros, provavelmente precisamos trabalhar muito mais e nos adaptarmos muito mais rápido”, declarou. “Mas isso é sempre uma desvantagem, certo? Podemos ver nas primeiras etapas da minha temporada na F2 que tive alguns problemas que provavelmente, se tivesse feito testes privados antes, não aconteceriam, porque eu saberia os procedimentos certos e as coisas certas a fazer”, lembrou.

“Com certeza terei problemas na F1, porque é muito diferente, tem muitas coisas, mas espero tentar minimizar esses problemas o máximo possível e me adaptar rapidamente”, completou Bortoleto.

Nesta sexta-feira (28), o brasileiro volta à pista do circuito de Sakhir para participar do terceiro e último dia de pré-temporada. Mas, diferentemente do que aconteceu anteriormente, quando ficou responsável por participar da sessão vespertina, Gabriel foi escalado para assumir o C45 logo pela parte da manhã. Mais experiente, Hülkenberg completa as últimas voltas da Sauber na semana.

O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do período de testes da F1 e acompanha tudo que acontece no Bahrein em TEMPO REAL. As atividades acontecem entre os dias 26 e 28 de fevereiro, sempre com duas atividades por dia, uma entre 4h e 8h (de Brasília, GMT-3) e outra entre 9h e 13h. A estreia do campeonato está programada para acontecer duas semanas depois, entre os dias 14 e 16 de março, no GP da Austrália.

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