Russell explica acidente em Ímola e volta a criticar Bottas: “Perguntei se queria nos matar”

George Russell e Valtteri Bottas protagonizaram um acidente fortíssimo após colidirem na chegada à chicane Tamburello no GP de Emília-Romanha deste domingo (18), em Ímola. O prodígio britânico criticou a postura do piloto da Mercedes na pista durante disputa posição e avisou: “Somos adultos. Vamos ter uma conversa sobre isso”

A pancada entre Russell e Bottas após o piloto da Williams tocar a grama

O GP de Emília-Romanha deste domingo (18), em Ímola, foi marcado pelo caos e também pela polêmica que se converteu o acidente forte que envolveu George Russell e Valtteri Bottas na volta 31 da corrida no circuito italiano. Após a pancada forte entre os carros da Mercedes e Williams pouco antes da chicane da curva Tamburello, o britânico, que estava bem irritado e, inclusive, saiu do carro e foi direção ao de Bottas para tirar satisfação, reiterou que esperava por uma reação mais “amistosa” do finlandês na disputa pelo nono lugar da corrida.

Em entrevista à emissora Sky Sports, Russell explicou a sua versão do acidente. O piloto de 22 anos acionou a asa móvel na reta dos boxes para tentar ultrapassar Bottas por fora. Entretanto, após leve movimentação do Mercedes #77 para a direita, George colocou a roda dianteira direita na grama, que estava bem molhada, escorregou, rodou e acertou o carro do finlandês. Os dois bateram muito forte e só foram parar na barreira de proteção após considerável impacto.

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George Russell e Valtteri Bottas se envolveram em um forte acidente durante a corrida em Ímola (Foto: Reprodução/TV)

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“Eu estava me aproximando de Valtteri, estava extremamente rápido. Eu estava com o turbilhão. Eu estava com o DRS acionado. Ele sacudiu muito, muito levemente para a direita — que é uma defesa tática que os pilotos costumam fazer. Foi uma espécie de manobra como a que [Max] Verstappen costumava fazer em 2015”, disse Russell.

“Eu perguntei a ele se ele estava tentando nos matar. Estávamos indo incrivelmente rápido, conhecemos as condições”, bradou.

“Há um acordo de cavalheiros sobre o qual não é isso que você faz, é incrivelmente perigoso. Em condições completamente secas, eu estaria bem, mas ele me colocou na parte molhada, e aí perdi o controle”, disse o piloto da Williams, que criticou a agressividade de Bottas.

“Ele não está lutando por nada. Um nono lugar para ele não é nada, mas para nós é tudo. Eu ia fazer a manobra [de ultrapassagem], uma manobra que seria absolutamente fácil, e não havia absolutamente nenhuma razão para se mexer daquela forma”, desabafou.

Mesmo chateado por ter deixado a chance de pontuar em Ímola passar, George Russell, cotado para assumir uma vaga na Mercedes na próxima temporada, ressaltou que ainda vai conversar com Bottas para resolver a situação e deixar o caminho aberto, sem mágoas.

“Somos ambos homens adultos, vamos ter uma conversa sobre isso. Tenho certeza que ele está chateado e frustrado comigo, assim como eu com ele. A mais sutil manobra, quando você está andando a 320 km/h, é, na verdade, algo enorme. E não é apenas a velocidade, é a diferença de velocidade, provavelmente estava 50 km/h mais rápido e prestes a ultrapassá-lo. Talvez, se eu fosse outro piloto, ele não teria feito isso”, cutucou Russell para finalizar.

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