GP de São Paulo chega com briga por vices, G4 e esperança de dias melhores na nova F1

Max Verstappen já é bicampeão do mundo, a Red Bull já assegurou a taça no Mundial de Construtores, mas há interesses em jogo no GP de São Paulo. Na tabela, as brigas por vice-campeonatos, no todo, a esperança de uma boa corrida que possa virar a chave do novo regulamento da F1

É evidente que o GP de São Paulo de 2022 da F1 não tem nem perto do peso histórico que a edição de 2021 tinha. É um fato, aconteça o que acontecer na corrida deste fim de semana. Por mais que a prova possa ser incrível, cheia de alternativas, ultrapassagens, acidentes, disputas, o que for: 2021 está no rol das maiores etapas de todos os tempos na categoria, sem qualquer exagero nisso.

Trata-se de uma verdadeira edição de colecionador. Era a 19ª de 22 etapas de um campeonato que foi ser decidido na última volta da última corrida, com Max Verstappen se sagrando campeão e encerrando o domínio de Lewis Hamilton. Em Interlagos, porém, uma reação tardia do heptacampeão começava de forma inacreditável.

Verstappen chegou a São Paulo com 20 pontos de frente para Hamilton, duas vitórias seguidas e o cenário todo a seu favor. Em Interlagos, porém, a coisa mudava de figura drasticamente, de forma dramática. Lewis foi excluído da classificação com infração técnica, passou 15 carros na sprint race, tomou mais cinco posições por troca de motor e, saindo de décimo na corrida, venceu mesmo assim. Com direito a uma batida de roda clássica com Max, que defendeu a posição com unhas e dentes.

Mas voltemos a 2022, depois de relembrar o êxtase coletivo da prova de 2021, de como Interlagos veio abaixo com Hamilton, do campeonato pegando fogo. Sim, não teremos provavelmente nada disso no próximo fim de semana. Só que isso também não pode representar terra arrasada. O GP de São Paulo tem, sim, bons motivos para ser acompanhado de perto.

Max Verstappen e Lewis Hamilton: duelo de titãs na F1 2021 (Foto: Red Bull Content Pool)

Esperança de dias melhores na F1

A temporada 2021 da F1 não é boa, não adianta a gente fingir aqui. A disputa na tabela ficou sem graça cedo, com Verstappen pintando como campeão ainda na primeira metade da temporada. Nos Construtores, a Red Bull também logo disparou e não deu sopa para o azar diante de uma complicada Ferrari.

Mas, mais do que isso: as corrida estão chatas. O novo regulamento não permitiu mais ultrapassagens, os carros são muito grandes, as disputas estão escassas. Ou seja: se Interlagos, sempre tão maravilhosa, não der boa prova, é sinal de que a coisa está realmente feia para os próximos anos com as regras em vigor.

A temporada 2022 da F1 é uma enorme decepção (Foto: Mercedes)

Sprint Race e a chuva

Nós estamos bem longe de ser fãs do advento da sprint race, mas é inegável que em São Paulo a primeira impressão foi boa. Em 2021, o show de Hamilton empolgou no sábado muito mais do que qualquer classificação seria capaz de fazer. Então, por mais que seja uma novidade controversa da F1, pode ser que em Interlagos funcione de novo, ainda mais se a pista estiver molhada.

Sim, ainda tem isso: a previsão do tempo aponta risco altíssimo de chuva nos três dias de evento: na classificação da sexta-feira, na sprint do sábado, na corrida de domingo. Se a direção de prova permitir que se corra na chuva, é bom sinal…

As brigas pelos vices

Verstappen e Red Bull já são mais do que campeões, mas os vices estão em jogo! Sergio Pérez é o favorito, especialmente pela forma recente do time austríaco, mas Charles Leclerc faz temporada mais regular e vem só 5 pontos atrás. Tem jogo, pois.

Entre as equipes, 40 pontos separam Ferrari da Mercedes e o momento das equipes é oposto. Os italianos pararam completamente o desenvolvimento há algumas semanas e despencaram de performnace, enquanto que os prateados seguem crescendo a passos largos e ainda sonham com vitória em 2022. Também tem jogo aí, ainda que seja um cenário mais difícil para a virada do que no Mundial de Pilotos.

Sergio Pérez e Charles Leclerc brigam pelo vice da F1 2022 (Foto: Lillian Suwanrumpha/AFP)

A ‘F1 B’

Há três pelotões claros na tabela da chamada ‘F1 B’. A briga mais interessante, obviamente, é a pelo quarto lugar. De um lado, a Alpine: um carro claramente melhor, uma dupla de pilotos muito coesa, mas baixíssima confiabilidade. Do outro, a McLaren, de um Daniel Ricciardo que hibernou quase que o ano inteiro, mas de um carro que não quebra nem por decreto. E as duas estão separadas por só 7 pontinhos, com vantagem para os franceses.

Na batalha pelo sexto lugar, dois times em situações contrastantes: a Alfa Romeo fez quase todos os seus 53 pontos no início do ano, enquanto que a Aston Martin evoluiu bem e passou a classificar melhor, o que era um enorme Calcanhar de Aquiles do time. Mesmo 4 tentos atrás, parece favorita ao sexto posto, sim.

Por fim, na briga pela oitava colocação, uma heroica Haas tenta se manter acima da tenebrosa AlphaTauri que, mesmo com muito mais investimento, sofre para superar um time que não sabia nem se terminaria o ano sem fechar as portas.

GP de São Paulo de Fórmula 1 está marcado para acontecer entre os próximos dias 11 13 de novembro, diretamente de Interlagos. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo ‘IN LOCO’ com equipe cheia.

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