GP de Las Vegas gera impacto econômico de R$ 4,5 bilhões e busca “mais eficiência” para 2024

De acordo com um relatório de 113 páginas divulgado na manhã desta terça-feira (2) por várias agências do condado de Clark, localizado no estado norte-americano de Nevada, o GP de Las Vegas de 2023 produziu a maior audiência global de televisão na história da cidade. Além disso, a empresa Applied Analysis afirmou que a corrida ainda teve um impacto econômico de US$ 884 milhões — algo próximo de R$ 4,5 bilhões na cotação atual.

Apesar de todo sucesso financeiro e também de transmissão, o evento não ficou isento de problemas. A montagem do circuito, por exemplo, levou nove meses para ser concluída e casou o fechamento de muitas ruas, impactando a vida de cerca de 25 mil moradores diariamente, que tiveram de optar por rotas alternativas que aumentavam em até 1h a viagem. Além disso, muitos empresários ainda estão pedindo uma compensação financeira por parte da Fórmula 1, já que, de acordo com eles, seus negócios ficaram inacessíveis por causa dos bloqueios das obras, gerando perdas milionárias.

Na pista também não foi diferente. Embora a etapa tenha sido uma das melhores da última temporada, especialmente pela bela ultrapassagem de Charles Leclerc em cima de Sergio Pérez nas últimas curvas, os primeiros dias de atividades não foram fáceis. Logo no TL1, a Ferrari de Carlos Sainz acabou sofrendo muitos danos por causa de uma tampa de bueiro que estava solta, resultando em um prejuízo de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões) para o time de Maranello, que ainda busca indenização pelo acidente. Por causa do ocorrido, todos os bueiros do circuito tiveram de ser conferidos, o que atrasou em algumas horas o início do TL2. Quando a sessão finalmente começou, os torcedores que estavam presentes nas arquibancadas não puderam acompanhar o treino, já que foram proibidos de fazê-lo por questões de segurança.

Apesar de todos os problemas, uma pesquisa realizada pela Autoridade de Convenções e Visitantes de Las Vegas, realizada no fim do ano passado e que contou com a participação de 6 mil pessoas, mostrou que 52,8% eram a favor da permanência do GP na ‘cidade das luzes’ até 2032. De acordo com a pesquisa, o “impacto econômico extremo” — que acabou sendo comprovado pelo relatório divulgado nesta terça — compensou os problemas enfrentados pela população.

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Diretora de operações do evento em Las Vegas, Betsy Fretwell garantiu que os problemas do ano passado não vão se repetir, já que muito trabalho está sendo feito visando a corrida que acontecerá no fim de novembro. De acordo com Fretwell, apesar de muitas tampas de bueiros precisarem ser substituídas, a pista não terá de passar por um recapeamento, o que reduzirá os transtornos para os moradores nos meses que antecedem a prova.

“Não houve surpresas nesse relatório”, disse a diretora ao portal PlanetF1. “Já estávamos trabalhando para resolver muitos desses problemas. Estamos nos tornando mais eficientes, nos coordenando melhor com o condado e melhorando a nossa comunicação”, continuou.

“Foi um evento novo e complicado porque era um circuito de rua. Temos de garantir que todos esses negócios funcionem normalmente”, finalizou Betsy.

A Fórmula 1 retorna com a temporada 2024 neste final de semana, entre os dias 5 e 7 de abril, com o GP do Japão, em Suzuka.

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