Haas celebra ponto e trabalho “perto da perfeição” em Jedá: “É como pó de ouro”

A Haas furou a bolha de Red Bull, Ferrari, Mercedes, McLaren e Aston Martin na Fórmula 1 e marcou um ponto no GP da Arábia Saudita, realizado no último sábado (9). Ayao Komatsu, chefe da equipe, considerou como muito valioso o décimo lugar de Nico Hulkenberg em Jedá.

“É como pó de ouro”, declarou o dirigente. “Temos as cinco melhores equipes e depois estamos lutando com tantas outras pelo décimo posto, um ponto. Então tudo tem que ser perfeito”, completou.

O ponto conquistado pela Haas, entretanto, teve polêmica, com Kevin Magnussen fazendo o trabalho de segurar alguns pilotos e permitindo que Hulkenberg fizesse sua parada e ainda retornasse à frente de seus concorrentes. Além do dinamarquês fazer parte da estratégia, Komatsu aproveitou para destacar todo o trabalho da equipe em Jedá.

“Cada um fez a sua parte. Operacionalmente, como equipe, estávamos perto da perfeição”, apontou.

O chefe da Haas também admitiu que não esperava marcar um ponto nesse início de temporada, apesar de considerar que a equipe está em um lugar melhor do que em 2023.

“É uma surpresa [pontuar]. Somos a menor equipe, então temos que assumir que o progresso que fizemos durante o inverno será, pelo menos, igualado por todos os outros. Durante a pré-temporada, não tínhamos lidado com nossos problemas de corrida e gerenciamento de pneus”, revelou.

“É claro que o carro está melhor do que no ano passado, mas você pode ver que o tempo de volta muda dependendo da pista. Sabíamos que nosso melhor tempo na classificação teria sido em torno do 12º lugar, enquanto fomos ao Q3 no Bahrein. Mas na corrida tivemos um carro forte”, completou.

Única equipe a marcar pontos fora do “Big-5” no campeonato atual, Komatsu prefere esperar os primeiros GPs para entender até onde a Haas pode chegar na temporada de 2024.

“Temos de concluir as quatro primeiras corridas. O Bahrein é uma pista muito difícil, Jedá tem pouca degradação, mas um nível diferente de downforce. Depois, Melbourne, outro tipo de pista, e Suzuka, com alta velocidade. Então você tem que fazer quatro ou cinco corridas para ter uma visão geral”, disse.

“Mas, pelo menos, no Bahrein e em Jedá, que são muito diferentes, provamos que podemos competir. Temos um carro base para correr, mas se podemos chegar no top-10, 12º ou 15º, depende da pista e de como reagimos às condições”, finalizou.

A Fórmula 1 retorna daqui a duas semanas, entre os dias 22 e 24 de março, com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024, em Melbourne.

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