Magnussen vê Haas 2024 como “surpresa positiva”: “1ª vez que atualizações funcionam”

A Haas tem se superado nesta temporada da Fórmula 1 e isso não está passando despercebido de quem está no cockpit. Kevin Magnussen, que está de saída do time ao final do ano, apontou a escuderia como uma “surpresa positiva” em 2024 e elogiou o trabalho feito para as atualizações surtirem efeito no VF-24.

A equipe americana tem conseguido pontuar mais frequentemente nos últimos GPs, incluindo um top-10 tanto para Nico Hülkenberg quanto para Magnussen no GP da Áustria. No Mundial de Construtores, a Haas está na sétima posição, com 27 pontos, e à frente das rivais Alpine, Williams e Sauber.

Para Magnussen, muito disso se deve aos pacotes de atualizações implementados ao longo do ano que funcionaram “pela primeira vez na história da Haas”.

“No início do ano pensávamos que seríamos a última equipe no grid e não fomos, então acho que foi uma surpresa positiva. Sempre há coisas que podem melhorar, mas acho que todos podem dizer isso, então sinto que tivemos uma boa primeira metade da temporada. É a primeira vez na história da Haas que introduzimos atualizações no carro que o tornam mais rápido. Então, isso já é um verdadeiro passo adiante. Esperamos continuar assim. Estamos em uma boa tendência”, disse.

“A trajetória também está no caminho certo em termos de desempenho. É a primeira vez que estamos realmente progredindo ao longo da temporada. Em outros anos, começamos com um bom carro, mas não progredimos, porque tem sido muito difícil correr em uma temporada e desenvolver-se ao mesmo tempo. Outros times terminam o campeonato e têm mais recursos. Mas este ano parece que podemos fazer as duas coisas: correr razoavelmente bem e desenvolver o carro ao mesmo tempo”, continuou.

Por conta das chegadas de Esteban Ocon e Oliver Bearman ao time em 2025, Magnussen não estará mais na Haas na temporada que vem. No entanto, essa não é a primeira vez que o dinamarquês é cortado da equipe. 

Em 2021, Kevin abriu espaço para Mick Schumacher e Nikita Mazepin, dois novatos que conseguiriam ajudar mais o time financeiramente. Por esse motivo, o piloto do #20 não traça muitos paralelos deste episódio com o cenário atual da Haas. 

“Durante a pandemia, parecia realmente sombrio. A equipe estava de fato em apuros. Tiveram de se livrar de mim e de [Romain] Grosjean e contratar pilotos que pudessem ajudá-los a sobreviver. Naquela época, não sabia o que iria acontecer com a Haas. Mas a situação em que se encontram agora é completamente diferente daquela época. Essa equipe é muito mais sustentável e competitiva agora do que era antes”, analisou.

Magnussen também vê uma evolução nítida na Haas desde que chegou à equipe pela primeira vez em 2017. Na ocasião, era apenas a segunda temporada da equipe na Fórmula 1 e a terceira completa do piloto dinamarquês na categoria. 

“Agora está muito mais estabelecida. Acho que quando entrei, talvez esperasse que as coisas mudassem mais rapidamente. Entramos na Fórmula 1 com esse modelo nunca visto antes de terceirizar ao máximo e comprar todas as peças que a regulamentação permitia. Por um tempo, realmente não evoluiu. Acho que recentemente começou a progredir. Acho que é um processo empolgante e acredito que essa equipe tem um futuro brilhante”, comentou.

“Se você olhar a estrutura que existe desde o início, os resultados têm sido bastante impressionantes, dados os recursos e a quantidade de pessoas. Foi uma superação. Sei que Gene [Haas] sempre quer mais e é por isso que está na posição que está”, concluiu. 

Depois do recesso de verão, a Fórmula 1 volta entre os dias 23 e 25 de agosto para o GP dos Países Baixos, em Zandvoort.

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