Lauda vê escalada de custos como um dos “principais problemas” da F1, mas defende limites para controle orçamentário

Niki Lauda reconheceu que a escalada dos custos é um dos principais problemas da F1, mas avaliou que para implantar o controle orçamentário é preciso estabelecer limites

A cobertura completa do GP da Alemanha no GRANDE PRÊMIO
As imagens do domingo da F1 em Hockenheim

Niki Lauda, presidente não-executivo da Mercedes, não mede palavras na hora de dizer o que pensa sobre o atual cenário da F1. Falando ao diário espanhol ‘El País’, o dirigente citou que a escalada dos custos segue sendo um dos principais problemas do Mundial, mas avaliou que é preciso estabelecer limites para implantar um controle orçamentário. 

 
“É preciso ter cuidado com isso. A escalada de custos é um dos principais problemas que temos. Há cinco anos, decidiram introduzir esses novos propulsores híbridos, que consomem e contaminam menos. Mas desenvolvê-los custa um dinheirão”, comentou. “Mercedes, Ferrari, Renault e Honda podem vendê-los às outras equipes, que pagam o mesmo por eles, entre 18 e 20 milhões de euros (entre 54 e 60 milhões de reais) por unidade. Para poder implantar esse controle orçamentário é preciso estabelecer limites”, seguiu.
Niki Lauda classificou os carros de McLaren e Ferrari como "uma merda" (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Questionado se esse é o melhor caminho para interromper o domínio da Mercedes, que lidera o Mundial com 178 pontos de vantagem para a Red Bull, a segunda colocada, Lauda ressaltou: “No ano que vem, a Renault e a Ferrari poderão trocar 48% do motor, o que é muito. Em 2016, só 18%”.
 
Mesmo reconhecendo que um único erro durante o inverno pode prejudicar os times, Niki ressaltou que a Mercedes não pode ser punida pela estupidez dos outros.
 
“A McLaren tem o mesmo motor que nós, e o carro é uma merda. Onde estão? Em nenhum lugar”, disparou. “Olha a Ferrari: outro carro que é uma merda. No ano que vem, será diferente porque poderão mudar a metade do propulsor. A norma está escrita assim. Não se pode penalizar a Brixworth porque os outros foram estúpidos”, defendeu.
 
Por fim, Lauda falou sobre as mudanças que a Ferrari vem fazendo em sua estrutura, com a substituição de Stefano Domenicali por Marco Mattiacci no posto de chefe do time.
 
“É o famoso casino italiano. Montezemolo está tentando tudo e, por isso, decidiu incorporar Mattiacci no posto de Domenicali. Mas que ninguém acredite que a coisa vai mudar da noite para o dia”, comentou. “Tentou convencer [Adrian] Newey, mas não conseguiu. [Fernando] Alonso deve estar muito frustrado porque faz anos que dirige um carro que não funciona, mas o salário que ganha deve servir como alívio. Nestes momentos ele não consegue sair para a McLaren porque tem um contrato. Se você tem um contrato com a Ferrari não pode sair a menos que seja demitido”, lembrou. 
 
“Às vezes você escolhe o carro certo e às vezes, o errado. Ele há muitos anos está pilotando um carro ruim, mas assim é a vida”, minimizou. “Ronnie Pettersson, lembra do caso dele? Era o melhor e sempre caía no pior lugar”, concluiu. 

GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o GP da Hungria, 11ª etapa do Mundial de F1, com a repórter Evelyn Guimarães. Para acompanhar todo o noticiário, clique aqui.

Quer ter o prazer de guiar uma Ferrari e assistir ao GP da Itália em Monza?
Clique e saiba dos detalhes do pacote GRANDE PRÊMIO pelo e-mail

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.