Hamilton elege 2021 momento mais especial no Brasil por “reviver amor e alegria do povo”

Lewis Hamilton relembrou ao GRANDE PRÊMIO a apoteose vivida em Interlagos em 2021 e disse que, após a vitória, sentiu que empunhar a bandeira brasileira depois de tanto apoio recebido da torcida deixaria seu grande ídolo, Ayrton Senna, orgulhoso

Lewis Hamilton pode dizer que tem uma relação íntima com o circuito de Interlagos, ainda que não tenha corrido na pista desde a infância, como tantos outros pilotos brasileiros. Foi no Autódromo José Carlos Pace que ele sofreu uma das mais dolorosas derrotas, em seu ano de estreia, mas foi também no Brasil que se sagrou campeão da Fórmula 1 pela primeira vez na carreira, numa final emocionante, decidida na última curva. Mas nenhum momento marcou mais a vida do heptacampeão do que o vivido no ano passado, e ele explicou por que o GP de São Paulo de 2021 tem um significado especial.

Durante coletiva de imprensa promovida por uma das patrocinadoras da Mercedes, realizada nesta quarta-feira (9), em São Paulo, Hamilton relembrou as emoções da sua última passagem em terras brasileiras ao ser questionado pelo GRANDE PRÊMIO sobre qual era a sua melhor memória do Brasil. O #44 contou que em 2007 e 2008, quando experimentou sentimentos muito distintos, ainda era muito novo e estava descobrindo coisas sobre si próprio como pessoa e piloto.

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Lewis Hamilton jamais vai esquecer o que viveu no Brasil em 2021 (Foto: Miguel Schincariol/AFP)

“Foi uma trajetória linda ao longo desses anos, um crescimento muito grande entre mim e o público daqui… mas 2021 foi definitivamente o momento mais especial para mim”, elegeu Hamilton, detalhando o quanto a maturidade tornou a última vitória conquistada no Brasil tão especial.

“Corro há 30 anos, e ao longo do caminho, tive muitos momentos onde pensava não ser bom o suficiente, não conseguir conquistar as coisas que sempre sonhei… de alguma maneira, consegui mudar minha mentalidade para uma mais positiva, para coisas que pareciam ser impossíveis”, disse, emendando que 2021 “foi outro exemplo disso”.

“Com 36 anos, diante de um desafio muito difícil… começar em último, em Interlagos, não é fácil”, ressaltou o inglês, aos risos. No ano passado, Hamilton largou em último na sprint race após uma punição por irregularidades no DRS e terminou em quinto depois de impressionantes 24 voltas. No domingo, porém, mais problemas: a troca do motor a combustão interna fez o piloto perder cinco posições, ou seja, largar em décimo. E novamente, o inglês deu um show: já era quinto ao final da primeira volta, segundo no 18º giro, e a liderança definitiva veio na volta 58, levando a torcida ao delírio ao deixar para trás Max Verstappen. Hamilton ultrapassou todos os carros naquele fim de semana.

“De algum jeito, consegui vencer a corrida. O apoio foi inacreditável, as pessoas torcendo por mim, a atmosfera positiva… e de novo, poder empunhar a bandeira do Brasil”, completou, referindo-se ao icônico gesto de Ayrton Senna celebrar as vitórias na F1.

Sobre o ato de pedir a bandeira do Brasil, aliás, Hamilton declarou que sentiu algo dentro dele dizendo que “naquele dia, tinha de fazer aquilo naquele momento”. “Parei, peguei a bandeira e parecia que estava fazendo Ayrton ficar orgulhoso. Parecia que eu estava revivendo o amor e a alegria de um povo brasileiro muito fã do esporte, por muito tempo”, concluiu.

Fórmula 1 continua neste fim de semana, entre os dias 11 e 13 de novembro, com o GP de São Paulo, etapa brasileira, direto de Interlagos. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo ‘IN LOCO’ com equipe cheia.

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