Hamilton nega estar “furioso” com Mercedes: “Vencemos e perdemos como equipe”

Lewis Hamilton disse que não está furioso com a Mercedes em razão da estratégia adotada na Turquia e explicou a reação pelo rádio: "Não esperem que eu seja educado quando estou correndo"

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O desfecho do GP da Turquia foi dramático para Lewis Hamilton. O heptacampeão chegou a cogitar seguir até o fim da corrida sem parar para trocar os pneus intermediários, já bastante desgastados, no momento em que estava em terceiro lugar e muito perto do pódio no último domingo (10), mas precisou terminar a prova na luta para finalizar à frente da AlphaTauri de Pierre Gasly. Mas a Mercedes o chamou para ir aos boxes trocar os pneus para um novo jogo de intermediários, em estratégia que o manteve na disputa, mas o fez perder duas posições.

Logo após o término da corrida, Lewis não escondeu a insatisfação com a estratégia adotada pela equipe de Brackley. “deveríamos ou ter parado mais cedo ou não ter parado”. Horas depois, na manhã desta segunda-feira, Hamilton escreveu em seus stories no Instagram sobre o assunto e explicou que não está irritado com a Mercedes, pelo contrário.

De acordo com Hamilton, a situação foi “aumentada” pela imprensa. O inglês negou estar com raiva de sua equipe, e explicou que decisões como essa precisam ser tomadas em pouco tempo, de acordo com as circunstâncias de cada corrida.

“Vi algo do material da imprensa esta manhã, e aumentaram demais o incidente de ontem, sobre quando parar”, escreveu. “Não é verdade quando dizem que estou furioso com meu time. Como equipe, trabalhamos duro para construir a melhor estratégia. Mas conforme a corrida avança, você precisa tomar decisões, já que tantos fatores estão sempre mudando”.

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Carro de Lewis Hamilton ao final do GP da Turquia, no Istambul Park; inglês terminou prova em 5º lugar (Foto: Mercedes)

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A Mercedes chamou Hamilton para os boxes, mas o inglês, inicialmente, preferiu permanecer na pista. Na volta 50 de um total de 58, o britânico enfim resolveu parar, mas aí já era tarde. Lewis sofreu com a granulação dos novos pneus intermediários, perdeu aderência na pista e viu a rápida aproximação de Pierre Gasly, que conseguiu diminuir a diferença para menos de 1s. No fim das contas, o heptacampeão se sustentou em quinto, mas viu Max Verstappen terminar a corrida em segundo e, desta forma, o holandês reassumiu a liderança do campeonato.

O heptacampeão mundial da F1 explicou que a decisão de permanecer na pista foi sua, em uma estratégia que não deu certo. De acordo com a Mercedes, ir até o final da corrida com o mesmo jogo de pneus intermediários da largada faria com que Hamilton terminasse a prova atrás de Gasly.

“Ontem, arriscamos ficar na pista esperando que fosse secar, mas não secou”, afirmou. “Eu quis arriscar e tentar ir até o final, mas foi minha decisão e não funcionou. No final, paramos e foi o mais seguro a se fazer. Vivemos e aprendemos. Vencemos e perdemos como equipe”, disse.

Um dos diálogos que chamou a atenção do público no GP da Turquia foi no fim da prova, quando Peter Bonnington, o ‘Bono’, engenheiro de corrida de Hamilton, o alertou sobre a aproximação de Gasly. O piloto mostrou irritação na resposta. “Me deixe em paz”.

Sobre as reações no rádio ainda durante a disputa, o piloto justificou. “Não esperem que eu seja educado enquanto estou correndo. Somos muito apaixonados e no calor do momento essa paixão pode aflorar, como com todos. Meu coração e espírito estão na pista, é esse fogo dentro de mim que me fez chegar tão longe, mas qualquer angústia é rapidamente resolvida e nós conversamos, já pensando na próxima corrida”, encerrou.

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