Hamilton e Mercedes se acertam sobre salário, duração de contrato e ‘cláusula Verstappen’

Segundo a publicação alemã F1-Insider, Lewis Hamilton e a Mercedes chegaram a um acordo e resolveram os entraves que tornaram a renovação de contrato do heptacampeão com a equipe de Brackley uma verdadeira novela. A tendência é que o anúncio da nova união seja feito na semana que vem

A novela mais longa e de desfecho mais previsível da Fórmula 1 nos últimos tempos definitivamente está perto de um final feliz. Segundo o site alemão F1-Insider, Lewis Hamilton e a Mercedes enfim chegaram a um acordo e resolveram entraves que fizeram a negociação se arrastar por meses, como valor do salário e a duração do contrato. O que chama a atenção é que, ainda de acordo com a publicação, o heptacampeão mundial impôs um direito a opinar sobre companheiros de equipe, chamada internamente como ‘cláusula Verstappen’. A expectativa é que o novo anúncio seja realizado já na semana que vem.

O ponto de maior discussão nas últimas semanas, relacionado ao salário, foi resolvido entre as partes. Em teoria, quanto às cifras, não haverá aumento para Hamilton, que vai receber € 40 milhões (R$ 258 milhões) por temporada.

Hamilton e Toto Wolff, chefe da Mercedes: o final feliz para a mais longa novela da F1 nos últimos tempos se aproxima (Foto: Beto Issa)

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Segundo reportado em janeiro pelo diário italiano Corriere della Sera, Lewis almejava receber € 45 milhões (R$ 291 milhões) por temporada, quantia que a Daimler, empresa-mãe da Mercedes, não concordava em desembolsar. Tal cenário que fez a Ineos, gigante petroquímica que é patrocinadora da equipe e, desde o fim do ano passado, também acionista, a ajudar a bancar o salário do heptacampeão mundial.

O grande ponto na negociação salarial é que, no novo acordo, Hamilton vai poder comercializar até dois patrocínios pessoais, que poderão ser exibidos no macacão e também no seu capacete, em cenário semelhante ao que Ayrton Senna e Michael Schumacher, por exemplo, exigiram nos seus contratos.

Outro impasse resolvido diz respeito à duração de contrato. Hamilton gostaria de um novo vínculo de três anos, enquanto a Mercedes desejava somente dois. No fim das contas, prevaleceu o desejo da equipe, da seguinte forma: o acordo vai ter validade até o fim de 2021, com opção de renovação por mais uma temporada, caso Lewis queira continuar na Fórmula 1 para disputar a categoria, que vai promover uma revolução nos regulamentos técnico e desportivo no ano que vem.

Hamilton e Verstappen compartilharam muitos pódios na F1 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

O F1-Insider também dá conta de uma cláusula em que Hamilton terá o direito de dar a sua palavra sobre um futuro companheiro de equipe. A publicação batiza a imposição como ‘cláusula Verstappen’ em razão do notório interesse que o holandês de 23 anos desperta na cúpula da Mercedes para ser o nome do futuro, em que pese George Russell estar sendo lapidado há duas temporadas — e será por mais uma — na Williams para ser o substituto de Hamilton dentro de alguns anos.

A chamada ‘cláusula Verstappen’ dá a entender que Hamilton não quer a repetição da rivalidade interna vivida em alguns dos anos mais importantes da sua carreira: em 2007, na estreia na Fórmula 1, quando era um novato e travou uma verdadeira guerra nos bastidores da McLaren com o bicampeão Fernando Alonso, e entre 2014 e 2016, no confronto que teve com o ex-amigo dos tempos de kartismo e rival no meio da década passada, Nico Rosberg.

Sobre Max Verstappen, o contrato que liga o piloto holandês de 23 anos à Red Bull tem duração até o fim da temporada 2023. Na Mercedes, Valtteri Bottas, que está na equipe desde 2017 — quando substituiu Rosberg, que havia deixado a Fórmula 1 cinco dias depois de ter conquistado o título — já teve seu contrato renovado até o desfecho de 2021.

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