Hamilton surpreende e coloca Mercedes na frente do TL1 do GP de Singapura de F1
Max Verstappen liderou durante quase toda a hora do TL1, mas Lewis Hamilton apareceu no final e bateu a carteira do rival de 2021
A Fórmula 1 está de volta a Singapura! Após três anos de hiato na ilha, desde a edição de 2019, por conta da pandemia do novo coronavírus, a categoria recobrou o país asiático como parte ativa do calendário. Na manhã desta sexta-feira (30), no traçado estabelecido na região da Marina Bay, Lewis Hamilton colocou a Mercedes na frente para dar o pontapé inicial da semana.
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Sim, Hamilton! É a primeira vez na temporada 2022 que o heptacampeão mundial lidera uma atividade, qualquer que seja. A dianteira foi surpreendente. Não apenas por esse tabu, mas também porque Max Verstappen e a Red Bull passaram praticamente toda a hora do TL1 na frente e com vantagem larga para os demais. No fim das contas, Lewis terminou 0s084 mais rápido que Max, em segundo.
Charles Leclerc ficou com a terceira posição no que não foi um treino fácil para a Ferrari. O monegasco abriu a sessão com problemas de freios e precisou voltar aos boxes. Mais tarde, Carlos Sainz pediu mudanças no setup e quase bateu. O espanhol ficou em sexto, ainda atrás de Sergio Pérez e George Russell. Os seis ficaram separados por somente 1s105.
Além dos pilotos de Mercedes, Red Bull e Ferrari, Esteban Ocon, Lance Stroll, Pierre Gasly e Fernando Alonso finalizaram o top-10. Apesar da boa posição, Stroll bateu o carro e quebrou a suspensão traseira esquerda da Aston Martin no muro da curva cinco após perder o controle brevemente. Foi o que rendeu a única bandeira vermelha da atividade.
O GRANDE PRÊMIO acompanha a Fórmula 1 AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP de Singapura de Fórmula 1. O TL2 está marcado para 10h [de Brasília, GMT-3].
Confira como foi o TL1:
O começo do fim de semana da Fórmula 1 em Singapura aconteceu já com aquele clima conhecido do país asiático: calor forte e umidade alta. A temperatura chegava a 30°C no começo do TL1, ainda que às 18h locais, e sensação térmica acima disso. A temperatura na pista não era tão mais alta, estava em 36°C. A umidade se aproximava de 70%. Era a recepção da F1 à Singapura após três anos.
No momento da bandeira verde no pit-lane, o céu seguia claro. Nem sinal da noite que logo chegaria. O primeiro piloto na pista para anotar uma volta cronometrada foi Valtteri Botas, mas o traçado estava com bastante fluxo de cara. Pudera, faz muito tempo desde que a marina verdadeira de Singapura — é com você, Miami — fez parte dos trabalhos da temporada.
Charles Leclerc foi um dos primeiros a tomar o traçado e em seguida já afirmou no rádio que alguma coisa não estava certa com os freios da Ferrari. Aí, voltou aos boxes para a equipe imediatamente começar a mexer.
Lando Norris foi o primeiro a aparecer e baixar o tempo de volta para menos que 1min50s. Estava na casa de 1min49s, mas a liderança dele durou só até Max Verstappen aparecer e cravar 1min47s329. As voltas caíam, porém, e Fernando Alonso andou em 1min47s291 logo antes de Verstappen voltar a destruir o relógio: 1min45s466, com pouco mais de 15 minutos de treino realizados.
A primeira bandeira amarela do dia veio com George Russell, que rodou sozinho com a Mercedes, mas rapidamente recuperou o rumo e seguiu em frente apesar de um leve contato com a barreira de proteção. Deu aparentemente bastante sorte de não causar danos significativos ao carro da Mercedes. “Passei direto, mas não tem nada errado com a direção”, afirmou.
Apesar de chegar a liderar inicialmente, Norris tinha como objetivo inicial do treino testar as atualizações aerodinâmicas do carro. Era visível que a McLaren tinha pintura amarela, de parafina, em mais que uma área. O inglês ainda avisava que os quiques eram um fator real na pista.
Leclerc voltou à pista após quase dez minutos de ausência, mas a Ferrari ainda tentava se encontrar. Carlos Sainz, por exemplo, avisou que “é muito claro qual mudança de setup precisamos fazer, aquelas sobre as quais conversamos”. Ao menos, pelo que o espanhol falava, a equipe sabia no que era necessário mexer.
Quem aparecia na pista naturalmente era Alexander Albon, de volta após a ausência no GP da Itália, por conta de uma crise de apendicite. O piloto teve de fazer uma cirurgia de emergência, passou por complicações e chegou a ficar na UTI por um dia. Recuperado em menos de três semanas, andava de pneus macios com a Williams.
Verstappen melhorava o tempo um pouco mais usando os pneus médios e liderava com 1min44s236, 1s1 à frente de Alonso.
Com 30 minutos de sessão, Verstappen liderava e contava com Alonso, Sergio Pérez, Sainz, Russell, Esteban Ocon, Lewis Hamilton, Lance Stroll, Leclerc e Pierre Gasly formando o top-10.
Stroll e Sebastian Vettel também mostravam certo destaque com a Aston Martin. Mesmo que de pneus médios, tocavam forte o carro e apareciam na primeira metade da tabela. Vettel foi ao sexto lugar, enquanto Stroll, que passara a marca de metade do treino entre os dez primeiros, melhorou mais ainda e chegou a ser segundo por um breve momento.
Bem breve, porque Pérez andou forte e anotou 1min43s839 para assumir a liderança. Instantes depois disso — e antes do treino ser interrompido —, Verstappen melhorou ainda mais e registrou 1min43s117. Difícil pensar em como superar o holandês.
A interrupção aconteceu por conta de uma bandeira vermelha causada justamente por Stroll. O piloto canadense traseirou na entrada da curva cinco e acertou a roda traseira esquerda no muro, quebrando a suspensão e parando na pista.
Pouco antes disso, Sainz quase fez o mesmo. “Tive um momento aqui”, falou no rádio após quase estampar a Ferrari no muro.
Com menos de 15 minutos pela frente, o treino se encaminhava para o final. Leclerc chegou a aparecer no segundo lugar, mas o grande momento viria com menos de cinco minutos no relógio. Foi nesse tempo que Hamilton espantou a todos e anotou 1min43s033, saltando para frente no que era apenas a quarta volta de pneus macios contra 15 de Verstappen.
A Red Bull ainda terminou o treino com Pérez sofrendo de algum problema que fez o carro ter de ser reiniciado numa área de escape. E assim terminou, com Hamilton na ponta.
F1 2022, GP de Singapura, Marina Bay, TL1:
1 | L HAMILTON | Mercedes | 1:43.033 | 20 | |
2 | M VERSTAPPEN | Red Bull | 1:43.117 | +0.084 | 20 |
3 | C LECLERC | Ferrari | 1:43.435 | +0.402 | 17 |
4 | S PÉREZ | Red Bull | 1:43.839 | +0.806 | 15 |
5 | G RUSSELL | Mercedes | 1:44.066 | +1.033 | 21 |
6 | C SAINZ | Ferrari | 1:44.138 | +1.105 | 24 |
7 | E OCON | Alpine | 1:44.736 | +1.703 | 24 |
8 | L STROLL | Aston Martin Mercedes | 1:45.221 | +2.188 | 12 |
9 | P GASLY | AlphaTauri Honda | 1:45.258 | +2.225 | 24 |
10 | F ALONSO | Alpine | 1:45.336 | +2.303 | 11 |
11 | S VETTEL | Aston Martin Mercedes | 1:45.354 | +2.321 | 22 |
12 | D RICCIARDO | McLaren Mercedes | 1:45.724 | +2.691 | 21 |
13 | V BOTTAS | Alfa Romeo Ferrari | 1:45.725 | +2.692 | 24 |
14 | K MAGNUSSEN | Haas Ferrari | 1:46.028 | +2.995 | 22 |
15 | Y TSUNODA | AlphaTauri Honda | 1:46.081 | +3.048 | 26 |
16 | A ALBON | Williams Mercedes | 1:46.119 | +3.086 | 20 |
17 | G ZHOU | Alfa Romeo Ferrari | 1:46.408 | +3.375 | 25 |
18 | M SCHUMACHER | Haas Ferrari | 1:46.601 | +3.568 | 23 |
19 | L NORRIS | McLaren Mercedes | 1:46.680 | +3.647 | 22 |
20 | N LATIFI | Williams Mercedes | 1:47.092 | +4.059 | 18 |