Limites de pista ganham protagonismo exagerado na F1, mas são necessários

Limites de pista são necessários e fazem parte do conceito básico do que é uma corrida. Em ano tão marcante na Fórmula 1, discussão sobre o tema ganha protagonismo que não deveria

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Em um ano tão equilibrado e marcante como o 2021 da Fórmula 1, um elemento recorrente ganha destaque nas discussões sobre o campeonato: os limites de pista. Já virou rotina ver a direção de prova notificando pilotos ao longo das sessões do fim de semana, desde o treino livre até a corrida, sobre advertências, voltas deletadas e bandeiras na cor preta e branca. Afinal, merecem tanto destaque assim?

O debate até teve sua relevância no início da temporada, especialmente com a ultrapassagem de Max Verstappen sobre Lewis Hamilton nas voltas finais do GP do Bahrein. Na época, a direção de prova alertou a Red Bull para que o holandês entregasse a posição de volta, já que utilizou a parte de fora da curva 4 para executar a manobra. Outro momento relevante aconteceu na classificação do GP da Emília-Romanha, quando Lando Norris teve um tempo deletado e despencou de segundo para sétimo no grid em Ímola.

O que realmente levantou discussões foi a subjetividade dos julgamentos feitos pela direção de prova. Por que Verstappen teve de devolver a posição para Hamilton, que não foi punido pelas diversas vezes que deixou o traçado no mesmo trecho em que foi ultrapassado? O que determinou o limite para deletar a volta de Lando e manter a de outros pilotos?

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Lando Norris perdeu chance de largar na primeira fila em Ímola (Foto: McLaren)

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Com estes dois episódios no passado, os limites de pista não deveriam ganhar mais tanto destaque. Cada pista tem uma diagramação diferente, uma exigência diferente do que colocar ao seu redor, e que também precisa levar em conta um elemento importante: a segurança. Não é tão simples colocar uma caixa de brita onde é asfalto pelo risco de rodadas e um dos grandes pesadelos do esporte a motor, os acidentes em ‘T’.

Um muro também passa longe de ser solução, já que é preciso lembrar que muitas pistas do calendário da Fórmula 1 também recebem corridas da MotoGP. A segurança precisa ser colocada em primeiro lugar junto do entendimento aerodinâmico e de potência dos carros atuais. Por isso que zebras e áreas de escape viraram soluções melhores do que grama e caixas de brita na maior parte dos casos.

Os limites de pista precisam seguir. Fazem parte de uma das regras mais antigas e tradicionais do conceito de corridas: fique dentro da pista ou encare as consequências. São coisas incômodas que o fã vai ter de lidar, mas ao mesmo tempo, precisa mensurar o quanto atrapalha. Vale tanto a pena se irritar por voltas deletadas em treino livres ou bandeiras de advertência durante as corridas? Em um ano tão incrível da Fórmula 1, o tempo útil precisa ser gasto no que realmente importa,

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