Massa se impressiona com queda da Red Bull em ritmo de corrida no GP da Austrália

Felipe Massa lembrou que a Ferrari tem, como característica, construir um carro muito mais forte em corrida do que em classificação. O brasileiro ainda destacou as surpresas de Albert Park e o bom trabalho da Lotus e de Kimi Räikkönen na Austrália

 

Felipe Massa não escondeu a surpresa pela queda brusca de ritmo da Red Bull durante o GP da Austrália, primeira etapa do Mundial de F1 em 2013, no último domingo (17). Sebastian Vettel, que sobrou e garantiu a pole-position com facilidade, sofreu muito com o desgaste dos pneus e só liderou até à primeira janela de pit-stops. Mark Webber também não teve na corrida em Albert Park o mesmo ritmo exibido na classificação. Segundo no grid, o australiano enfrentou problemas no Kers e no sistema de telemetria, além do fraco desempenho dos pneus, e tudo que o piloto da casa conseguiu foi um sexto lugar.

A Ferrari, ao contrário, teve um rendimento razoável na classificação: quarto lugar no grid com Massa e quinto, com Fernando Alonso. Na corrida, entretanto, as F138 foram muito bem. O espanhol chegou a brigar pela vitória, que acabou ficando com Kimi Räikkönen, dono de uma bem-sucedida tática de duas paradas para troca de pneus — contra três da maioria dos seus oponentes — e que contou também com o Lotus E21, que lidou bem com o consumo dos novos pneus.
 

Felipe ficou impressionado com a queda de rendimento da Red Bull durante o GP da Austrália (Foto: Studio Colombo/ Ferrari)

Massa não encontrou palavras para avaliar o fraco desempenho da Red Bull em Melbourne no domingo. “Não tenho ideia de como explicar isso. Se você olhar para o ano passado, eles tinham um carro incrível na classificação, e, nas corridas, ele ainda era incrível, embora não tanto. Um ano antes, a mesma coisa”, disse o piloto, durante entrevista coletiva concedida em Melbourne logo após a prova.

O único brasileiro do grid da F1 em 2013 lembrou que a Ferrari tem feito carros cuja prioridade é o ritmo em corrida. Isso pode explicar, por exemplo, porque a escuderia de Maranello conquistou apenas quatro poles desde 2010. Contudo, o período entre 2007 e 2008, quando Massa e Räikkönen, então na Ferrari, lutaram por vitórias e títulos, foi marcado por 17 poles.

“Desde 2007, nunca mais tive um carro incrível em classificações. A corrida foi sempre melhor que a classificação, e esse é o caminho do nosso carro. Por quê? Impossível explicar”, afirmou.

Falando sobre o resultado em si em Melbourne, Felipe disse que a performance dos pneus pode variar muito de uma pista para outra. Assim, um carro como o da Lotus, que obteve o melhor rendimento dos compostos na Austrália, pode não ter o mesmo resultado em circuitos com características distintas, como Sepang, por exemplo, onde faz muito calor.

“A corrida teve muitas surpresas. Com o nosso carro, era impossível fazer duas paradas. Kimi conseguiu fazer duas paradas e fez um trabalho fantástico. Nós precisamos esperar por algumas pistas diferentes, porque talvez o carro funcionará de uma forma em uma pista [quanto ao desgaste dos pneus] e talvez vá trabalhar de forma diferente em outra”, salientou Massa, ciente do fator-chave da vitória de Kimi em Albert Park. “A Lotus lidou bem com os pneus na Austrália, e isso fez uma grande diferença”, encerrou.

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