Verstappen admite “grande fracasso” em perda de Mundial de 2024, mas isenta Pérez

A Red Bull saiu do posto de time dominante em 2023, quando venceu 21 das 22 corridas, para ser somente terceira no Mundial de Construtores de 2024. Max Verstappen, que conseguiu o quarto título seguido na Fórmula 1, disse que perder o campeonato entre as equipes é “um grande fracasso”, mas aliviou para Sérgio Pérez. Na visão do neerlandês, um carro difícil em boa parte da temporada é o grande responsável para a derrota.

Em 2024, Pérez não venceu nenhuma corrida e foi ao pódio somente quatro vezes, o que aconteceu nas cinco primeiras etapas, quando o RB20 era o carro dominante da Fórmula 1 — o que indicava que a Red Bull poderia repetir 2023, já que Verstappen levou quatro dessas primeiras provas. Entretanto, algumas peças importantes anunciaram suas saídas da equipe, como Adrian Newey e Jonathan Wheatley.

Curiosamente, a Red Bull começou a perder desempenho após o GP de Miami, o primeiro depois de Newey anunciar que deixaria a equipe. À partir daquela etapa, o britânico foi apartado das reuniões técnicas do time de Milton Keynes.

Enquanto Verstappen conseguiu se manter no topo, Pérez caiu como o carro da Red Bull. Nem mesmo a renovação realizada no meio de 2024 ajudou o mexicano a crescer de desempenho. Terminou a temporada na sétima posição, sendo o único piloto de Ferrari, McLaren, Mercedes e Red Bull que não ganhou corridas no ano.

A soma dos fatores fizeram com que a Red Bull rescindisse o contrato de Pérez ao final do campeonato, promovendo Liam Lawson, que estava na RB [atual Racing Bulls]. Para Verstappen, nem tudo foi culpa de Pérez.

“Para nós, é claro, um grande fracasso. Por um lado, foi muito complicado para Checo e acho que nem sempre foi culpa dele. O carro era muito difícil [de pilotar]. Não quero criticá-lo de forma alguma, e posso dizer que não foi toda responsabilidade dele pelas coisas terem ido tão mal”, disse Verstappen.

“O maior problema que tivemos nesta temporada foi que o carro não funcionou. Conheço o estilo de pilotagem do Checo. O carro ficou muito difícil de pilotar em um momento da temporada. Aconteceu comigo, e isso não ajuda. Deveríamos ter começado a trabalhar nisso mais cedo, porque isso teria auxiliado também ao Pérez”, prosseguiu.

“As coisas ficaram muito difíceis em um momento do ano, o que não é bom para a confiança e alguns pilotos são mais sensíveis do que outros”, encerrou Verstappen.

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