Mercedes admite erros e diz que “carro complicado” prejudicou Hamilton na China

Equipe de Brackley sabe que o momento é ruim e precisa melhorar o potencial do W15 para oferecer a Lewis Hamilton e George Russell a possibilidade de disputar com os ponteiros do grid

A Mercedes sabe que o desempenho do W15 está muito abaixo do esperado na temporada. É consenso dentro da equipe de Brackley que Lewis Hamilton e George Russell não entregam o que podem porque os carros não oferecem as condições ideais para brigar com as equipes da ponta do grid. Mesmo assim, durante o GP da China, Hamilton conseguiu um bom desempenho na corrida sprint ao cruzar a linha de chegada em segundo. Porém, na classificação para a corrida principal, o britânico sofreu com as mudanças feitas no carro e não conseguiu passar do Q1 ao errar o ponto de frenagem na curva 14. No domingo, largando em 18º, Hamilton fez uma corrida de recuperação e conseguiu finalizar a disputa em nono.

“Deveríamos ter incentivado Lewis a seguir a estratégia mais parecida com a do George, esse foi nosso erro. Lewis assumiu que errou na curva 14, mas, francamente, temos de fazer um carro menos complicado porque o carro está levando os pilotos a cometerem erros pouco comuns”, reconheceu o diretor-técnico da Mercedes, James Allison, ao portal inglês Motorsport Week.

A Mercedes mexeu no carro de Hamilton após a corrida sprint para tentar potencializar o desempenho do W15 na classificação da corrida principal, mas o resultado não foi o esperado. Para Allison, essa possibilidade de atualizar o carro entre a sprint e a classificação, liberada pela organização da Fórmula 1, é “uma faca de dois gumes”.

“É uma regra bem-vinda, mas uma faca de dois gumes. Se a equipe erra, só descobre que errou quando está valendo”, emendou. “As alterações que fizemos deixaram o carro mais fraco. Isso facilitava o bloqueio das rodas durante a frenagem. Todos vimos o que aconteceu na classificação. Na descida da reta principal, antes do hairpin, Hamilton errou o tempo de frenagem em cerca de 0,7 segundo. Isso dá uma grande diferença. Sem esse erro, ele teria passado para as próximas etapas da classificação”, explicou o dirigente.

Lewis Hamilton ainda terminou o GP da China na zona de pontos (Foto: AFP)

Por fim, o diretor reconheceu os erros do time e afirmou que todos precisam melhorar. A equipe está preparando um pacote de atualizações que busca, essencialmente, deixar o carro mais equilibrado para a sequência da temporada.

“Temos dois dos melhores pilotos do mundo e, travar as rodas final da reta para o hairpin, não está no manual de pilotagem do Lewis. É uma consequência de um carro muito complicado”, finalizou.

Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.

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