Mercedes critica Verstappen em Jedá e clama: “Só queremos um campeonato limpo”

Lewis Hamilton saiu com a vitória no primeiro GP da Arábia Saudita da história da Fórmula 1, mas a disputa feroz do britânico com Max Verstappen pela primeira colocação — e consequentemente, o título — ainda vai render bastante discussão. Em um dos episódios da corrida deste domingo (05), o holandês teria freado para permitir a passagem do heptacampeão, que no entanto não sabia da ordem e acabou batendo na traseira do carro #33 da Red Bull. Chefe da Mercedes, Toto Wolff reconheceu que a situação não acabou junto com as 50 voltas pelo Circuito de Jedá.

“Acho que isso ainda não acabou”, admitiu Wolff ao portal britânico Sky F1, braço da Sky Sports dedicado à cobertura do automobilismo. “O resultado no final, vencer a corrida, acho que ele [Hamilton] mereceu o resultado”, opinou o dirigente austríaco.

Wolff não se mostrou feliz com as escolhas de Verstappen durante a corrida, e comentou que as consequências poderiam ter sido piores, principalmente para Hamilton. “Poderíamos ter quebrado algumas vezes na corrida com uma asa frontal quebrada”, destacou o chefe da Mercedes. “E não quero lavar roupa suja aqui, mas apesar de ter sido espetacular, não foi uma boa corrida”, lamentou. Lewis já havia sofrido contato de Esteban Ocon na segunda relargada, na mesma asa dianteira que quebrou alguns giros depois ao bater em Max.

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Wolff comentou o momento em que o holandês diminui para deixar o britânico passar, mas indicou que os dados mostram uma aceleração alternada de Verstappen à frente de Hamilton no momento do acidente. Além disso, toto destacou novamente que Hamilton não tinha ciência da ordem recebida por Max de deixá-lo passar.

“O que a telemetria mostra é que ele [Verstappen] estava diminuindo e acelerando novamente, e então diminuindo de novo”, explicou. “Lewis não sabia [que Max havia recebido a ordem para deixá-lo passar], e acho que essa foi a sequência de mensagens erradas que nos trouxe até aqui”, defendeu-se.

O dirigente da Mercedes pediu para que a direção de prova vasculhe a câmera do carro de Verstappen, que mostra a sequência de ações no piloto ao volante. Wolff argumentou apenas pedir por um campeonato “limpo”, independentemente de quem seja o vencedor no final da temporada.

“A pilotagem precisa ser acessada e observada”, clamou Wolff. “É difícil, muito difícil, talvez além do limite de dificuldade. Mas apenas queremos um campeonato limpo, que o melhor piloto vença, e se for Max no final, então estarei em paz com isso. Só precisa ser uma corrida justa”, finalizou.

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