Mercedes despista sobre ‘flerte’ com Verstappen para 2025, mas vê “tudo possível”

Enquanto a Red Bull segue mais do mesmo nas pistas, os bastidores da equipe austríaca estão cada vez mais perto de uma explosão que pode culminar num movimento ainda mais chocante: a saída de Max Verstappen antes do final do contrato que vai até 2028. E há quem já coloque o tricampeão na mira da arquirrival Mercedes após Jos Verstappen, pai de Max, ter sido visto em conversas constantes com Toto Wolff depois do GP do Bahrein.

A crise em Milton Keynes tem como fio condutor a investigação interna que colocou Christian Horner na berlinda. O chefe dos taurinos foi acusado por uma funcionária de “conduta inapropriada” que, segundo o periódico neerlandês De Telegraaf, envolvia assédio sexual e moral.

A Red Bull, então, conduziu a averiguação dos fatos por conta própria ao longo do mês de fevereiro e considerou o dirigente britânico inocente, comunicando o veredito na última quarta-feira (28). Antes mesmo da decisão, Horner esteve presente tanto no lançamento do RB20, em 15 de fevereiro, quanto nos testes coletivos de pré-temporada, sempre afirmando inocência.

Só que a história ganhou um contorno diferente após um e-mail contendo as supostas evidências ser enviado a mais de 200 jornalistas, chefes de equipe e membros do alto escalão da Fórmula 1, como Stefano Domenicali, no dia seguinte. A mensagem continha um link para o Google Drive, serviço de armazenamento e sincronização de arquivos em nuvem, com prints e fotos.

Mohammed Ben Sulayem, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), foi um dos endereçados, procurando Horner durante o TL3 em Sakhir para uma reunião. Quem também resolveu partir para o ataque foi Jos, afirmando ao britânico Daily Mail que a equipe poderia “rachar” se Christian “continuasse no cargo”.

O ex-piloto, no entanto, assegurou que o vazamento das supostas provas nada tinha a ver com ele. “Por que eu faria isso se Max está tão bem aqui?”, retrucou ao ser questionado pelo De Telegraaf. Ainda assim, a publicação neerlandesa divulgou que Verstappen foi procurado pelo presidente da FIA para prestar apoio público a Horner e negou o pedido.

Não demorou para especulações sobre uma possível quebra de contrato de Max mediante a permanência de Horner como chefe da Red Bull surgirem, sobretudo após Jos e Wolff, diretor-executivo e chefe da Mercedes, terem sido vistos em conversas constantes após a corrida barenita. O dirigente austríaco foi questionado pela imprensa sobre a possibilidade.

“Acho que o piloto sempre escolherá o carro mais rápido, é principalmente sobre isso que se trata no momento. A Red Bull é o carro mais rápido, então seria, na minha opinião, a prioridade”, disse Wolff.

Ao site alemão F1-Insider, no entanto, Toto sorriu e reconheceu que “tudo é possível” ao ser mais uma vez indagado sobre uma reviravolta no grid, com Max assumindo o assento que será deixado por Lewis Hamilton ao final deste ano.

A temporada 2024 da Fórmula 1 continua já na próxima semana, entre a quinta-feira (7) e o sábado (9), com o GP da Arábia Saudita, em Jedá. O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após segundo treino livre e classificação, além de antes e depois da corrida.

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