Mercedes identifica desvantagem, mas descarta mudar conceito por mais downforce

A Mercedes entende que o carro com rake mais baixo tem sofrido mais com a perda de downforce em 2021, mas com o campeonato em andamento, não há muita coisa que o time possa fazer, ao menos não no conceito aerodinâmico

O regulamento da Fórmula 1 mudou sutilmente de 2020 para 2021, mas o suficiente para que algumas equipes sofressem bastante com a perda de downforce. Uma delas é justamente a Mercedes, time que dominou a Era Híbrida, mas que entende que agora, com as novas regras, um carro com o rake (a diferença de altura entre a parte dianteira e traseira) mais baixo como o W12 acaba mais prejudicado que, por exemplo, o da rival Red Bull, que tem um perfil mais alto.

Apesar da vitória de Lewis Hamilton no GP do Bahrein, a Mercedes tem repetidas vezes dito que a Red Bull está na frente no pacote aerodinâmico e, segundo o diretor de engenharia dos britânicos, Andrew Shovlin, já não há mais tempo para a equipe fazer mudanças de conceito tão severas para resolver a questão do downforce. De todo modo, ainda é, sim, um carro campeão.

“Nós temos um carro com o qual podemos vencer o campeonato se a gente tomar as decisões corretas, desenvolvê-lo da melhor forma e tivermos uma boa operação o ano inteiro. Só que não temos nada para fazer agora em relação ao rake. O que certamente não podemos fazer é, do nada, subir 30mm a traseira do carro, isso acabaria com a nossa temporada. Íamos perder muita coisa, não daria para recuperar depois. O regulamento novo atrapalha mais os carros de rake baixo? Sim, parece que sim, mas é assim que as coisas são e nosso histórico de desenvolvimento indica que podemos nos recuperar”, explicou.

Lewis Hamilton ganhou, mas a Mercedes ainda vê a Red Bull na frente (Foto: Beto Issa)

O ponto é que, ainda que Mercedes e outras equipes como a Aston Martin possam subir um pouquinho a traseira para reduzir a perda de downforce, não têm como fazerem mudanças radicais e terem um carro com o rake baixo da Red Bull. É que, além da traseira em si, outras peças precisariam ser mexidas, de detalhes aerodinâmicos até novas suspensões traseiras, o que sequer é mais permitido.

“Pela primeira vez que eu me lembre, em 24 anos de esporte, nós precisamos homologar a suspensão pelo regulamento da Covid-19. Você só pode mudar se você tiver usado suas fichas de desenvolvimento nela. Então, ainda que a gente quisesse uma traseira de 150mm, não poderíamos ter”, contou Otmar Szafnauer, chefe da Aston Martin.

Apesar da Red Bull ter andado mais forte na pré-temporada e sobrado na classificação do Bahrein, Hamilton venceu Max Verstappen e Valtteri Bottas foi ao pódio, ficando na frente de Sergio Pérez, companheiro de Max.

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