Mercedes joga decisão sobre Bottas para agosto e não descarta emprestar Ocon

Valtteri Bottas terá de esperar um pouco mais para saber se vai ou não seguir com a Mercedes em 2020. O chefe da equipe alemã, Toto Wolff, afirmou nesta sexta-feira (26), em Hockenheim, que somente vai decidir sobre a renovação do finlandês após as duas próximas etapas da temporada 2019. O #77 tem contrato somente até o fim do ano, enquanto o vínculo de Lewis Hamilton expira apenas no fim do próximo campeonato.

 

Vice-líder da classificação da Fórmula 1, Bottas se juntou à Mercedes em 2017, substituindo Nico Rosberg, que decidira se aposentar após a conquista do título mundial em 2016. Desde então, Valtteri vem tentando oferecer resistência ao colega pentacampeão. Só que, na temporada passada, o nórdico viveu um ano abaixo da crítica, por isso iniciou o Mundial deste ano pressionado, mas mais forte, vencendo de cara a primeira etapa, na Austrália. Ainda assim, Bottas já não parece ter fôlego suficiente para uma briga direta com Hamilton pelo título. Neste momento, a diferença entre eles é de 39 pontos a favor do inglês.

"É muito incomum anunciar pilotos em julho", afirmou Wolff aos jornalistas durante coletiva de imprensa na pista alemã, que recebe neste fim de semana a 11ª etapa da temporada. "Se for para fazer uma análise mesmo é possível estender essa decisão até o inverno, como já vimos acontecer com outras equipes. Há um certo padrão nisso", completou o comandante da esquadra prateada.

 

"Para nós, não se trata apenas de tomar uma decisão correta para o ano que vem, mas também para as próximas temporadas. É por isso que concordamos em só tomar uma decisão em agosto, mas isso não significa necessariamente que vamos anunciá-la em agosto", disse o austríaco.

 

Além de Bottas, a Mercedes possui a opção de promover Esteban Ocon, que hoje desempenha o papel de piloto reserva e de desenvolvimento, além de George Russell, que também faz parte do programa de jovens competidores da marca alemã, mas que vem defendendo a Williams em 2019. 

 

Ao ser questionado sobre o futuro de Ocon, Wolff garantiu que, se não o eleger para titular da Mercedes, vai ajudá-lo a encontrar um lugar na F1. O francês perdeu a vaga no ano passado, depois que a Force India virou Racing Point, dentro do negócio liderado pelo pai de Lance Stroll.

 

"Estamos muito felizes com o desenvolvimento de Esteban e George. São os nossos pilotos mais experientes do programa e o objetivo é prepará-los para um cockpit na Mercedes", falou.

"Como todos sabemos, foi uma situação infeliz no ano passado para Esteban. Mas todos nós sabemos de sua capacidade. Valtteri também está mostrando bons desempenhos e merece um lugar."

 

O dirigente, então, contou como o trabalho de Ocon vem chamando a atenção nos bastidores da Mercedes e, ainda assim, não descartou emprestar o jovem se for necessário. "Ele contribui muito a portas fechadas. Trabalha no simulador à noite e nos finais de semana de corrida, vem aos sábados e nos informa tudo. É um grande garoto. Então, colocar um jovem em um dos carros seria interessante."

 

"Há também outras equipes interessadas nele e precisamos tomar uma decisão cuidadosa para nós mesmos. Não apenas para o nosso benefício, mas para o de Esteban. E se isso significa que vamos tomar uma decisão em favor de Valtteri, também significa que alguém teria de seguir no trabalho de desenvolvimento e que perderíamos a nossa mão por um ano ou dois com Esteban, e essa seria a maior consequência dessa decisão”, concluiu Wolff.

As atividades de pista do Mundial de F1 em Hockenheim continuam neste sábado. Às 7h (horário de Brasília), acontece o terceiro treino livre, enquanto a definição do grid de largada está marcada para 10h. O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e em TEMPO REAL. Siga tudo aqui.