Valtteri Bottas terminou o GP do Bahrein incomodado com a Mercedes, acusada de ser cautelosa demais com a estratégia de pneus e impedir a luta pela vitória. A equipe, por sua vez, discorda: o chefe Toto Wolff sente que a combinação de uma largada ruim do finlandês com um pit-stop de 10s impediu qualquer chance de ofensiva contra Lewis Hamilton e Valtteri Bottas.
“Não acho que tínhamos outras opções estratégicas”, disse Wolff após a corrida. “A gente tentou o undercut também com o Valtteri, que é algo que eu sinto que mudaria a corrida dele. O que a gente não queria era perder uma posição na largada da corrida, e aí ele não conseguiu acompanhar os dois caras na frente”, seguiu.
O undercut citado por Wolff é a tática de parar antes do piloto adversário para, com pneus mais novos, ganhar tempo de pista e posição. Foi assim que Hamilton ultrapassou Verstappen no Bahrein. Para Bottas, entretanto, só o terceiro lugar foi possível.
“O pit-stop era para fazer o undercut no Max, e acho que a gente teria conseguido, mas tivemos o problema com a roda dianteira direita no pit-stop. Não sei qual outra estratégia a gente poderia tentar. Uma parada só certamente não era possível. O pneu médio não aguentaria até o fim, o duro também perdia performance no meio do caminho. Não tínhamos opções. Eu entendo a frustração quando se está dentro do carro, com informações limitadas e pensando que dava para fazer outra coisa”, destacou.
Bottas ficou claramente incomodado ao fim da corrida, com imagens de televisão mostrando uma conversa mais séria com Wolff durante a celebração da vitória de Hamilton.
Um bom começo de temporada é particularmente importante para um piloto que luta pela renovação de contrato. O acordo entre Mercedes e Bottas vai apenas até o fim de 2021, com George Russell cada vez mais forte como um possível substituto.
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