F1 diz que Mercedes pode ter usado “alguns truques de foguetes” na preparação do W13
Pat Symonds, diretor técnico da Fórmula 1, comentou as inovações da Mercedes para a temporada de 2022, e destacou o intercooler feito em parceria com empresa de motores de foguete
O novo design da Mercedes, exibido pela primeira vez nos testes de pré-temporada no Bahrein, chamou a atenção de todo o paddock da Fórmula 1. O modelo praticamente sem sidepods apresentou uma leitura completamente diferente das outras equipes, e gerou curiosidade até no diretor técnico da categoria, Pat Symonds.
“Esta é uma abordagem de novela. Eu gosto de ver interpretações de novela. Tenho que dizer que não é algo que esperava ver”, disse Pat em uma entrevista com Ted Kravitz para a F1 TV. Mas não foi a falta de sidepods que chamou a atenção do engenheiro britânico, e sim o sistema de refrigeração da Mercedes, baseado na ciência de foguetes.
“Nós estávamos usando uma entrada maior [que o W13] para direcionar o ar. Acho que na Mercedes eles têm alguns truques que os ajudam nesse aspecto. Então o intercooler, por exemplo, é um dispositivo que usa água e ar, que a Mercedes já tem faz um tempo, mas acho que este é um pouco diferente. E é por isso que eles conseguem enxugar o carro mais do que os outros”, analisou Symonds
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“Acho que o intercooler vem da Reaction Engines em Oxfordshire, que produz essa espécie de motor de foguete respirado a ar, e o resultado dessa colaboração é dispositivo extremamente eficiente na troca de calor. Acho que é parte da explicação de como eles construíram este carro desta maneira”, explicou o diretor técnico da F1.
Muitas equipes têm utilizado os refrigeradores justamente nos sidepods. O engenheiro britânico também apontou para uma dificuldade, que não é de hoje, de conseguir acomodar diferentes componentes na lateral dos carros.
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“Acho que uma das tendências que estamos vendo, e não é algo particularmente deste novo regulamento, é que está sendo extremamente difícil acomodar tudo nos sidepods. As pessoas questionam o que está nos sidepods, provavelmente os radiadores? Mas é claro, tem muito mais, tem muitos eletrônicos ali. Acho que muitas equipes estão movendo os eletrônicos para aquela área”, destacou.
Apesar da inovação na lateral e nos intercoolers, Pat viu o resto do W13 como um carro bem comum: “Acho que o resto parece bastante convencional, se é que há algo convencional. A asa dianteira é muito parecida com o que esperávamos ver. A asa traseira sim, um pouco de diferença na curvatura, algo que várias equipes adotaram, foram por esse caminho de uma asa traseira mais baixa”.
A Mercedes continua na pista neste sábado (12) para o último dia de testes de pré-temporada no Bahrein. O GRANDE PRÊMIO acompanha a cobertura da pré-temporada da Fórmula 1 em Sakhir AO VIVO e em TEMPO REAL. A análise acontece no Briefing assim que as atividades em pista acabarem.
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