Sainz minimiza elogios da Mercedes: “Chegam na corrida e acabam com a competição”

Depois de mais uma declaração pública da rival sobre a F1-75, piloto da Ferrari tratou de diminuir as expectativas e apontou que elogios da Mercedes são parte de uma estratégia

O incidente com Nicholas Latifi que interrompeu o teste no Bahrein (Vídeo: Reprodução/DAZN)

A consistência e boas performances da Ferrari na pré-temporada da Fórmula 1 seguem chamando a atenção dos rivais. Após a Mercedes elogiar o desenvolvimento do carro vermelho para 2022 – mais de uma vez, inclusive -, Carlos Sainz tratou de abaixar as expectativas e apontar uma “modus operandi” da equipe alemã. O piloto ferrarista falou com a imprensa em entrevista coletiva nesta sexta-feira (11), após a primeira sessão do dia 2 de testes no Bahrein.

“Típico da Mercedes, típico do George (Russell). Eles ‘promovem’ os outros e chegam na primeira corrida acabando com toda a competição”, afirmou o espanhol, que vai disputar sua segunda temporada representando a escuderia italiana. “Se fosse o primeiro ano, talvez eu acreditasse neles. Já no GPS podemos ver o que eles (Mercedes) estão fazendo”, apontou.

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Carlos Sainz em ação pelos testes de pré-temporada da F1 no Bahrein (Foto: Giuseppe Cacace/AFP)

Russell, em mais de uma ocasião, indicou a Ferrari como favorita da temporada. Primeiramente, o piloto da Mercedes cravou a equipe alemã “definitivamente atrás” dos italianos; depois, disse ver a escuderia rival “um passo à frente” da competição. “Acho que ninguém tem vantagem no momento. Novas peças ainda estão chegando à Red Bull, e a Ferrari parece a mais forte no geral. Eles parecem muito fortes em voltas com pouco combustível, mas também em voltas sucessivas. Seus sidepods também são completamente diferentes dos nossos e dos da Red Bull”, contou o britânico.

Aliás, Russell não foi o único membro da Mercedes que jogou a pressão para o lado da Ferrari. O heptacampeão mundial, Lewis Hamilton, indicou que o time de Maranello pode ter achado boas soluções ao focar totalmente no desenvolvimento do carro de 2022 durante a temporada passada. “Mas isso significa que eles estão meses à frente? Algum time está meses à frente de todo mundo? Temos que esperar para ver”, disse.

Os elogios são recíprocos. Mattia Binotto, chefe da Ferrari, chamou o W13 de “grande carro” e classificou os sidepods rivais – ou ausência deles – como “muito interessantes”. “Bom conceito, um design bem diferente do que nós temos”, revelou Binotto. Sainz, por outro lado, enalteceu “a beleza da Fórmula 1” referindo-se à diferença dos carros e apontou as mudanças no modelo da escuderia italiana entre os dois períodos de testes da pré-temporada, em Barcelona e, agora, no Bahrein.

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Carlos Sainz dentro do cockpit da F1-75 (Foto: Giuseppe Cacace/AFP)

“Ficamos todos um pouco surpresos que os carros sejam tão diferentes. Todo fã agora pode ver como os carros diferem”, afirmou o espanhol, que somou 164,5 pontos em seu primeiro ano com a Ferrari, em 2021. “Ainda é difícil dizer onde todos estão, sempre depende das condições. Estamos trabalhando quanto aos quiques para que sejamos mais consistentes. Você pode ver que fizemos algumas modificações na parte inferior da carroceria. Mas há mais por vir. Espero tê-lo pronto para a corrida da próxima semana”, concluiu o piloto.

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