Andretti quer levar americanos para F1 e destaca talento de Herta: “Deveria estar lá”

Michael Andretti quer que sua equipe seja a ponte entre pilotos americanos e a F1, chamando a atenção para o fato de Colton Herta, hoje na Indy, ainda não ter tido uma oportunidade na elite do automobilismo mundial

Se fosse brasileiro, Michael Andretti se encaixaria perfeitamente no ditado popular “não desiste nunca”. Mesmo com o chefe-executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, demonstrando resistência em aceitar a equipe do empresário no grid, Andretti insistiu mais uma vez que espera pela aprovação para fazer do seu time “um caminho legítimo” para pilotos americanos ingressarem na principal categoria do automobilismo mundial.

Andretti questionou, por exemplo, a falta de oportunidade a Colton Herta, que defende seu time na Indy e vem sendo bastante elogiado na temporada. “Ele deveria estar na F1 agora, tem talento para isso, mas o dinheiro [dos patrocinadores] acabou, então voltou para os Estados Unidos e seguiu o caminho”, explicou o americano ao site Motorsport.com.

“Quero ter certeza de que poderemos tirar as crianças do kart e abrir as portas para elas. Se forem bons o bastante, espero que possam ir para a F1, e teremos uma equipe para isso — haverá esse acordo legítimo”, salientou o empresário.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

Michael Andretti falou novamente sobre a F1 e o desejo de ser a ponte para pilotos americanos na categoria (Foto: Indycar)

A última vez que o grid da F1 teve um piloto americano foi em 2015, quando Alexander Rossi defendeu a Marussia em cinco GPs. Foi na Indy, no entanto, que a carreira se consolidou, alcançando o vice-campeonato em 2018 com a Andretti e escrevendo o nome de vez na história do automobilismo americano ao vencer em 2016 a tradicional prova das 500 Milhas de Indianápolis. Rossi foi confirmado na McLaren para a temporada 2023 da Indy.

Quando o assunto são vitórias de americanos na Fórmula 1, a distância é ainda maior, e ela veio das mãos do pai de Michael, Mario Andretti, no GP da Holanda de 1978. “Queremos ser uma equipe americana que permita que pilotos americanos se desenvolvam no futuro.”

“Não há ninguém por aí fazendo isso. É onde queremos estar. Não há uma maneira legítima de um piloto americano entrar na F1. Isso simplesmente não existe. Queremos pavimentar esse caminho”, concluiu Michael.

A novela Andretti e F1 continua sem uma definição. O americano quer de todas as formas colocar sua equipe na categoria, tanto que buscou a saída mais natural e tentou adquirir a Sauber — hoje sob o nome Alfa Romeo — e até a Haas, mas sem sucesso. O CEO do grupo que leva o nome de sua família chegou a pedir à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) que fosse feita uma licitação para a vaga, garantindo que dinheiro não seria problema.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.