Schumacher lembra corridas e vê “vitórias escondidas” com resultados da Haas em 2021

A temporada da Haas foi, sem dúvidas, muito abaixo. Pior equipe do grid na classificação final do campeonato, a equipe americana mal tinha um carro apto nas mãos para almejar melhores posições. Ainda assim, Mick Schumacher, que estreou na F1 neste ano de 2021, o fez em algumas oportunidades. Além de ficar à frente de seu companheiro de equipe, Nikita Mazepin, na disputa interna em termos de classificação e corrida, também avançou duas vezes ao Q2, na França e Turquia.

Por isso, o piloto alemão vê que há pontos positivos — o que ele define como “vitórias escondidas” — em uma temporada extremamente abaixo de sua equipe. Ele lembra as corridas em que foi melhor do que esperado, sobretudo na Turquia e na Hungria. Nesta última, ele propôs uma disputa interessante contra um carro um tanto quanto danificado de Max Verstappen, após um strike de Valtteri Bottas.

“Sabíamos que não seríamos os mais competitivos, mas na verdade estávamos muito mais próximos do que esperávamos”, disse Schumacher, em entrevista ao portal The Race. “É nesses momentos que estamos ganhando muito com as mudanças que fizemos nos carros”, acrescentou.

“Se olharmos mais longe, obviamente [uma das melhores corridas foi] a Turquia. Talvez tenha sido uma corrida que não saiu como planejada, mas definitivamente tivemos uma classificação que correu bem. Ou a corrida de Budapeste, que foi uma das mais fortes que tivemos. Conseguimos lutar com Max [Verstappen], mesmo com o carro dele danificado. Portanto, há vitórias escondidas por aí. É dessas vitórias escondidas que extraímos mais energia e a colocamos em um bom esforço e bom trabalho”, completou.

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No entanto, o dono do carro #47 admite que teve muitos problemas, envolveu-se em trapalhadas e teve de lidar com três abandonos. Ele lembra de Mônaco e Hungria, lugares em que ele enfatiza que tinha grandes chances na classificação, mas não passou de dois últimos lugares para as largadas.

“Tive baixos nesta temporada. Veja Mônaco, por exemplo, ou Budapeste, onde não consegui competir na classificação. A classificação tem sido uma das minhas partes fortes nesta temporada e tanto Mônaco quanto Budapeste foram pistas onde nosso potencial era muito alto. Na verdade, aqueles momentos foram onde eu tive que esquecer isso, entrar na corrida e seguir em frente”, explicou.

“O ponto alto que tive nesta temporada foi a Turquia, onde entramos no Q2 por mérito. Foi uma sessão muito complicada. Tivemos condições de chuva na curva 1 e na curva 4. Portanto, trata-se realmente de aproveitar esses momentos e levá-los ao próximo ano, porque sei onde estão meus pontos fracos e trata-se apenas de colocá-los em prática”, comentou Schumacher.

Neste ano, tanto Schumacher quanto Mazepin seguirão na Haas. Além disso, o alemão também dividirá o posto com Antonio Giovinazzi como piloto reserva da Ferrari — ele estará à disposição da escuderia italiana em 11 GPs. Mas muito além disso, ele espera que sua equipe possa ser mais competitiva, aprender com os erros de 2021 e desenvolver melhor o carro nesta temporada.

“Queremos os resultados e talvez tenha sido um pouco mais difícil, mas a esperança é que neste ano tudo seja um pouco diferente. Esperançosamente, teremos a oportunidade de mostrar nosso crescimento e desempenho”, falou.

“Baseio-me em ter visto melhorias no carro esta temporada com um carro que não foi desenvolvido. Acabamos ficando mais próximos do que as previsões e brigando com a Alfa Romeo e a Williams. Isso realmente me dá grandes esperanças para 2022″, concluiu.

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