Na expectativa de temporada conturbada, Force India conta com ‘fator Pérez’ para impulsionar resultados
Quarta força em 2017, equipe indiana vem sofrendo para obter resultados semelhantes em 2018. Nos bastidores, há descrença de dirigentes e pouco dinheiro. Na pista, concorrentes cada vez mais ameaçadores. Desse jeito, o pódio de Sergio Pérez em Baku parece ser ponto fora da curva
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A preocupação com a performance se mistura com a questão do orçamento, problema antigo para uma equipe que, acostumada a fazer muito com pouco, possui a menor quantia dentre todas as concorrentes para trabalhar – limitando ainda mais o escopo de soluções para o mau início de ano. Além disso, McLaren e Renault apresentam evolução, contando com pilotos e experientes e cada vez mais determinadas a buscar o topo do patamar intermediário. Logo, se a antes a Force India se preocupava um ultrapassar, agora luta para segurar a posição.
O fator Pérez
O início da Force India em 2016 foi ainda pior que o deste ano. Na ocasião, com Nico Hülkenberg ao lado de Pérez, a equipe conseguiu apenas 12 pontos nas sua quatro primeiras etapas. Pérez, porém, evoluiu ao longo da competição e pontuou em todas as últimas dez corridas. Hülkenberg, hoje na Renault, também foi bem e pontuou em oito das últimas dez. O mexicano chegou, recentemente, a ser classificado por Fernley como o piloto "mais subestimado" da Fórmula 1, e o próprio diretor deu pistas sobre o seu futuro:
“Eu sinto por Sergio em vários sentidos porque eu acho que ele é, possivelmente, o piloto mais subestimado da Fórmula 1. Como piloto, ele é fantástico e, não que eu queira perdê-lo, mas acho um crime que ele seja esquecido”, afirmou.
Pérez também já demonstrou sentir-se limitado na Force India, onde garantiu cinco pódios – número impressionante para um piloto de equipe intermediária. Tais resultados deixam o mexicano ansioso por uma nova oportunidade em equipe de ponta.
“Eu ainda sinto que há muito mais que eu possa fazer no esporte. Eu também sinto que minha hora irá chegar porque eu trabalho muito forte, realmente me esforço para ter uma oportunidade e sinto que mereço um carro para mostrar todo meu potencial”, afirmou. Sergio chegou a defender a McLaren em 2013, mas não empolgou.
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Apesar de muita pompa e ambição de seus donos, a realidade mostra que a Force India perdeu fôlego, e apenas uma forte guinada pode inverter seu movimento rumo ao fundo da tabela em 2018. Com pouco dinheiro, estafe desacreditado e concorrentes cada vez mais fortes, restará a esperança em lampejos da habilidade de seus pilotos – que quase colidiram na China e têm um histórico de desgaste entre si.
Pérez contou com sua regularidade e os inusitados desdobramentos do GP do Azerbaijão para conquistar o pódio. Pode não ser tão difícil quanto previu Fernley, mas, sim, é improvável imaginar que a construtora indiana terá forças para estourar o champanhe sem que seja mediante abandonos e reviravoltas durante a corrida.
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