Na Garagem: Com pit-stop certeiro, Schumacher vence pela primeira vez na F1

Há exatos 25 anos, Michael Schumacher fez um pit-stop certeiro no GP da Bélgica e, optando pelos pneus slicks, ganhou vantagem para vencer pela primeira vez na F1 no mítico circuito de Spa-Francorchamps, em um ano amplamente dominado por Nigel Mansell e a Williams ‘outro planeta’

Foi no dia 30 de agosto de 1992 que Michael Schumacher conquistou a primeira de suas incríveis 91 vitórias na F1. O palco: Spa-Francorchamps. A rápida e temida pista belga ainda se tornaria uma das mais marcantes da trajetória de sucesso do alemão na maior das categorias do automobilismo. Foi lá que fez sua estreia no Mundial um ano antes, também foi no circuito das Ardennes que celebrou um dos triunfos mais emblemáticos da carreira, em 1995, depois de largar apenas em 16º. E foi lá em Spa, mesmo sem vencer, onde garantiu seu sétimo e último título na F1. Em 2012, no seu último ano no campeonato do mundo, Schumacher atingiu o histórico número de 300 GPs. 
 
Então, o primeiro triunfo não poderia ter acontecido em lugar melhor. Dito isso, podemos voltar ao início da década de 1990. Michael havia feito a estreia na Jordan na temporada anterior, depois de uma excelente classificação lá mesmo em Spa-Francorchamps. O desempenho acabou chamando atenção de Flavio Briatore, que o colocou na Benetton. No ano seguinte, já com contrato para o campeonato todo, Schumacher começou a comprovar que era mesmo dono de um grande talento e possivelmente um futuro campeão.
 
Quando chegou para a etapa belga, a 12ª daquela temporada, o piloto de 23 anos ocupava a terceira posição no Mundial de Pilotos, que vinha sendo dominado pela Williams. Para se ter uma ideia da superioridade dos ingleses, Nigel Mansell desembarcou na Bélgica já campeão do mundo. O título foi conquistado por antecipação, na prova anterior, em Hungaroring. Nigel nem precisou ganhar na Hungria. O segundo lugar, atrás de Ayrton Senna, foi suficiente para o britânico levar a taça.
Nigel Mansell chegou a Spa já campeão em 1992 (Foto: Williams)

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Por isso, não foi nenhuma surpresa quando Mansell voou por Spa-Francorchamps para comandar a classificação. O piloto da Williams cravou 1min50s545, confirmando a décima pole-position daquela temporada. Senna, que também sempre se deu muito bem na pista belga, colocou a McLaren na segunda posição, 2s1 atrás do inglês. Schumacher ficou com o terceiro posto, enquanto Patrese dividiu com o alemão a segunda fila do grid.

 
Na largada, com pista seca, Ayrton saltou melhor e ultrapassou Mansell logo na La Source, assumindo assim a liderança nos primeiros metros da corrida. O brasileiro ainda foi capaz de manter a ponta na primeira volta, sendo seguido pelo britânico da Williams, Patrese, Schumacher, Jean Alesi e Mika Häkkinen. Só que a chuva já rondava o circuito, e acabou se fazendo presente na sequência. Mas nem isso ajudou Senna a se sustentar na frente. Logo, o piloto foi superado pela dupla da equipe de Grove. 
 
Só que não demorou nada, e muita gente decidiu buscar os pneus de chuva, incluindo o líder, Alesi e Schumacher. Patrese, que escolheu permanecer um pouco mais, tomou a liderança. Mas o italiano também logo vai aos boxes. E Senna reassumiu a primeira posição. Enquanto isso, Mansell vem tentando abrir caminho. 
 
Aí Ayrton enfim decidiu ir ao boxes, perdendo muitas posições. Mansell, então, recuperou a liderança da prova, com Patrese em segundo e Schumacher em terceiro. E as colocações assim ficaram até a volta 30, quando um erro de Michael mudou a história da corrida.
 
A chuva já havia dado uma trégua, e o asfalto começava a secar. Aí o piloto da Benetton escapou da pista na Stavelot, sendo ultrapassado por Martin Brundle na sequência. Então, o alemão decidiu ir imediatamente para os boxes. E a grande sacada foi que Michael já optou pelos slicks. 
Um ano depois da estreia, Schumacher vivia em Spa a primeira glória na F1 (Foto: Forix)

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No retorno à corrida, Schumacher começou a impor um ritmo muito forte, se aproximando das duas Williams. Mansell acabou indo aos boxes somente três voltas depois. Ainda voltou em segundo e partiu em perseguição ao jovem líder, que tinha mais de 5s de dianteira. Então, a ordem atrás de Schumacher ficou sendo: Mansell, Patrese, Brundle, Häkkinen e Senna.

 
Só que Nigel não desistiu de caçar Michael. E rapidamente reduziu para 3s a diferença, mas no escape do carro do inglês o fez diminuir o ritmo, para apenas garantir o lugar no pódio, que também serviu para coroar o título de construtores da Williams. 
 
Schumacher, por sua vez, caminhou firme rumo à primeira vitória na F1, apenas um ano depois da estreia no Mundial. Mansell e Patrese completaram o top-3. Senna chegou ainda em quinto.
“Tinha boas impressões sobre este fim de semana. Não sei por que, mas quando cheguei ao motorhome hoje, alguns pensamentos passaram pela minha mente sobre uma possível vitória. Mas aí estava só em terceiro ou quarto, o que já me deixaria feliz, até que tudo mudou. De repente, minha sorte chegou. Coloquei pneus slicks no momento perfeito, foi a chance para vencer a corrida e aconteceu. Estou muito feliz por ter vencido a corrida sem que isso seja em razão de um acidente ou de algum problema com seu carro. Foi uma luta direta”, comemorou.
 
“Credito a vitória à equipe. Eles fizeram um trabalho fantástico. O carro estava inacreditável, muito melhor na corrida do que na classificação, e tenho de agradecer a equipe por isso”, destacou o alemão, que lembrava um marco importante na época. Era a primeira vitória de um piloto do seu país em muito tempo. Desde então, a Alemanha se tornou uma das nações mais vitoriosas da história da F1.
 
“Os alemães esperaram muito tempo para uma vitória na F1, desde Jochen Mass, em 1975, e eu dou essa vitória para eles. Vai haver uma grande vitória nesta noite para a Benetton”, finalizou.

Duas temporadas mais tarde, Michael conquistou o primeiro de seus sete títulos mundiais e deu início a uma das mais brilhantes carreiras da história da F1.
 

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