Na Garagem: Ecclestone dispara contra alto custo dos motores V8 na F1

Há dez anos, quando a F1 mudou dos motores V10 para motores V8, a transição teve críticas com um argumento semelhante ao debate que existiu em 2014 com a chegada dos V6: a alta dos custos

Os V8 são caros demais. Foi o que disse Bernie Ecclestone, hoje defensor da volta da F1 aos motores V8, há dez anos, quando tais propulsores estavam chegando à categoria para substituir os V10.
 
O dirigente puxou um coro que criticava a mudança e apontava para a alta dos custos na categoria. Para ele, a proposta sugerida pela FIA e bem aceita pelas montadoras estava bastante equivocada.
 
Em 2006, dez das 11 equipes usaram propulsores V8 com capacidade de 2.4 L. A exceção foi a Toro Rosso, que utilizou unidades V10 com potência reduzida.
Bernie Ecclestone criticou a mudança dos motores para 2006 (Foto: Getty Images)
“Eu não gosto dessa regra e ela não era necessária”, ele disse à revista italiana ‘Autosprint’, “pois os mesmos objetivos poderiam ser atingidos com o antigo V10, bastava limitar sua potência. Os novos V8 custam uma fortuna, e o próximo passo vai ser limitar seus giros porque eles se tornarão potentes demais. Então podiam ter feito a mesma coisa imediatamente. Salvariam muito dinheiro.”
 
“Houve uma reunião em Mônaco com todas as equipes para discutir reduções de custos, e as coisas começaram a ir de mal a pior, pois a ideia geral era que, limitando os motores em 20%, haveria uma redução similar nos custos e na potência. Nonsense total. Ninguém analisou a fundo os problemas. Os construtores pediram para fazer os V8, mas só depois perceberam os custos que estavam prestes a encarar.”
 
No final da era dos V8, em 2013, os motores custavam algo entre R$ 15 e 20 milhões, valor que triplicou em 2014 com a chegada dos V6 turbo.
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