Quase todos os circuitos que estrearam na F1 neste século foram projetados por Hermann Tilke. As obras do arquiteto alemão sempre foram muito criticadas pelos fãs, com raras exceções. Uma delas estreou na categoria há 11 anos.
Para desenhar o autódromo do GP da Turquia, Tilke conseguiu aproveitar bem as características do terreno. Fez uma primeira curva em descida para a esquerda, semelhante ao S do Senna ou ao Saca-Rola, de Laguna Seca. Depois vinha uma sequência de aclives e declives com mudanças de direção até a chegada da longa curva 8, com seus quatro vértices e três pontos de tangência. Ainda havia uma longa reta oposta que levava a uma traiçoeira chicane no fim da volta.
A largada da primeira edição do GP da Turquia (Foto: Ferrari)
Quem pegou a mão da pista mais rapidamente no primeiro ano foi o vice-líder do campeonato, Kimi Räikkönen. Ele fez a pole com 0s2 de vantagem para a dupla da Renault, Giancarlo Fisichella e Fernando Alonso.
No domingo, o finlandês liderou todas as 58 voltas para vencer com tranquilidade. As emoções mesmo ficaram para a briga pelo segundo lugar, entre Alonso e o colombiano Juan Pablo Montoya.
Kimi Räikkönen venceu a primeira edição do GP da Turquia (Foto: Daimler AG)
JP ganhou o segundo posto na segunda rodada de pit-stops e tinha tudo para completar a dobradinha da McLaren. Só faltou a tranquilidade para negociar com os retardatários. Na antepenúltima volta, ele se enroscou com o português Tiago Monteiro e rodou. O leve toque entre eles danificou o difusor do colombiano, que rodou novamente na penúltima volta, permitindo que Alonso recuperasse o segundo lugar. Fisichella, com um ritmo bem pior, terminou 18s atrás na quarta posição.
O brasileiro Felipe Massa, que tomaria conta do GP da Turquia nos três anos seguintes, largou em um ótimo oitavo lugar, mas se envolveu em um toque na largada, perdeu a asa e caiu para último. Mais tarde, abandonou com problemas no motor.
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