Na Garagem: Piquet termina GP da África do Sul em terceiro e conquista bicampeonato na F1

Há exatos 35 anos, Nelson Piquet conquistava um suficiente terceiro lugar no GP da África do Sul para conquistar o seu bicampeonato na F1 e igualar a marca de Emerson Fittipaldi

O dia 15 de outubro de 1983 marca uma data um tanto quanto especial para Nelson Piquet. Há exatos 35 anos, o piloto cruzava a linha de chegada do GP da África do Sul na terceira colocação e sagrava-se bicampeão de F1.
 
Aquela seria a última prova da temporada, sob um quente sol sul-africano. Alain Prost chegou ao final de semana como o favorito a sair campeão, pois na classificação, somava 57 pontos, contra 55 do brasileiro. René Arnoux também chegou vivo na briga, mas com chances remotas, pois tinha apenas 49.
 
Entretanto, o titular da Brabham tinha um ponto positivo ao seu lado, pois vinha em total ascensão na temporada: havia conquistado duas vitórias consecutivas, no GP da Itália, em Monza, e GP da Europa, em Brands Hatch.
Piquet na África do Sul (Foto: Dempsey Warren)
A pole-position para a decisiva corrida ficou nas mãos de Patrick Tambay, que anotou o tempo de 1min06s554. A sorte de Piquet já começava a assinar aí, pois largou também da primeira fila, ao lado do francês. Prost saiu apenas do quinto posto do grid.
 
Assim que a largada foi autorizada, o piloto da Brabham não poderia pedir cenário mais positivo: logo assumiu a primeira colocação com Riccardo Patrese, seu companheiro, pulando para segundo e começando a escolta-lo.
 
Mais para trás do pelotão, Prost não tinha o início ideal, pois apesar de conseguir subir uma posição, a colocação ainda não era suficiente para abocanhar o título. 
 
Na nona volta, então, menos um postulante ao título na pista. Arnoux contou com uma quebra em seu motor da Ferrari e foi obrigado a abandonar a corrida.  Com isso, o francês subiu para a terceira posição, ainda não suficiente para colocar as mãos no caneco.
 
Entretanto, o sonho do primeiro título de Alain escapava por entre os dedos no 34º dos 77 giros previstos para a prova. O piloto foi aos boxes com um problema em seu propulsor, algo que os mecânicos tentaram contornar. Sem sucesso e após um minuto parado, deixou o cockpit. Ali, a decisão estava desenhada.
O pódio do GP da África do Sul de 1983: Piquet, De Cesaris e Patrese (Foto: Patrick Jarnoux/Getty Images)
Ao ser avisado pela Brabham do abandono de seu adversário, Piquet decidiu poupar o turbo de seu BMW e tirou o pé, permitindo a aproximação de Patrese, Andrea de Cesaris e Niki Lauda. A quarta colocação era suficiente para o título.
 
Mas já quase na reta final do GP, com dez voltas para a bandeira quadriculada, foi a vez do motor do austríaco deixa-lo na mão, com Nelson herdando a terceira colocação. Quem cruzou a linha de chegada em primeiro foi Ricardo, com Andrea sendo o segundo do dia.
 
Com o resultado, Piquet conquistava então o bicampeonato na F1, igualando a marca de Emerson Fittipaldi que, naquela época, já tentava a sorte na América do Norte.
 
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