Na Garagem: Räikkönen passa Fisichella na volta final para vitória épica em Suzuka
Kimi Räikkönen saiu de 17º para uma ultrapassagem na última volta para vencer o GP do Japão em Suzuka. Triunfo é lembrado como um dos grandes da carreira do finlandês
Foi no dia 9 de outubro de 2005 que Kimi Räikkönen conquistou a mais impressionante de suas 21 vitórias na Fórmula 1. O finlandês, na época com 24 anos e na McLaren, venceu o eletrizante GP do Japão, disputado em Suzuka, após uma das pilotagens mais marcantes que a F1 viu.
Räikkönen foi um dos protagonistas do campeonato de 2005. Naquele ponto, tinha seis vitórias na temporada. Tentou brigar pelo título enquanto foi possível, mas os problemas de confiabilidade do MP4/20 e alguns azares fizeram o rival Fernando Alonso campeão na etapa anterior, disputada no Brasil. A Fórmula 1 apostou no encerramento da temporada com corridas no Japão e na China, dois dos principais países asiáticos, e com o Mundial de Construtores ainda em aberto entre Renault e McLaren.
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O sábado de classificação apresentou condições instáveis que bagunçaram completamente o grid. Enquanto Räikkönen largaria de 17º, uma posição abaixo do rival Alonso, a pole-position caiu nas mãos de Ralf Schumacher, que tinha a missão de dar a primeira vitória da Toyota na F1, justamente no país que sedia a montadora.
A primeira volta da corrida foi intensa e caótica. Ralf manteve a ponta, com Giancarlo Fisichella, da Renault, ultrapassando Jenson Button e pulando ao segundo lugar. Rubens Barrichello e Takuma Sato escaparam na primeira curva, enquanto Juan Pablo Montoya, companheiro de Räikkönen na McLaren, estampou a barreira de pneus quando estava perto de passar Jacques Villeneuve antes de abrir o segundo giro. Naquele momento, Kimi já era 12º.
Após o período de safety-car, o finlandês voltou a crescer no pelotão. Ultrapassou Felipe Massa, contou com uma rodada de Antônio Pizzonia e posteriormente se livrou de Jacques Villeneuve e Christian Klien, aparecendo na sétima posição, atrás de Michael Schumacher e Fernando Alonso.
Na ponta da corrida, uma mudança importante. Ralf Schumacher tinha pouco combustível e precisou apostar em uma estratégia de três paradas, promovendo Fisichella ao posto de novo líder. Enquanto isso, Räikkönen e Schumacher deram importantes “pulos do gato” nos boxes, deixando Alonso para trás.
E foi na volta 30 que Räikkönen despachou Schumacher para assumir a quarta posição. Atrás apenas de Fisichella, Jenson Button e Mark Webber. O stint do finlandês em termos de combustível, com direito a voltas espetaculares, foi alongado. A segunda parada para combustível veio com menos de 10 voltas para o fim, atrás somente de Fisichella.
Com muito mais ritmo, Räikkönen passou a cortar a vantagem nos giros que restavam, se aproximando do italiano como um tubarão caçando uma presa. Com a distância apenas no visual com três voltas para o fim, Giancarlo se afobou por duas vezes, sendo defensivo demais quando não era necessário.
Após um novo erro de Fisichella na chicane, ele abriu a volta final com o finlandês colado na traseira. Räikkönen, de forma brilhante, trouxe o carro para a linha da esquerda e completou a ultrapassagem para a grande vitória. Alonso completou o pódio.
“Acho que foi uma das minhas melhores corridas, com muito trabalho duro. Considerando todos os problemas, sair daqui com uma vitória é fantástico. Muita coisa aconteceu na primeira volta, tanto eu quanto Juan Pablo estávamos envolvidos, o que é inevitável quando você larga tão atrás. Eu estava me esforçando o máximo que podia e o carro foi melhorando. Tive problemas na sétima marcha, o que tornou mais difícil de ultrapassar. Sabia que Webber e Button precisavam parar antes de mim, e depois da segunda parada, ganhei o suficiente para passar o Fisichella”, declarou Kimi.
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