Nasr revela que Sauber vem diferente para 2016, exalta amadurecimento e prevê: “O melhor ainda está por vir”

Felipe Nasr não sentiu pressão extra por disputar seu primeiro GP do Brasil na F1, mas lamentou a perda de rendimento que o fez cruzar a linha de chegada apenas em 13º. A prova em Interlagos foi também um reflexo da temporada da Sauber em 2015. A equipe suíça sofreu com as falhas do C4, especialmente com relação à pressão aerodinâmica e aos freios, e isso ficou bastante evidente na prova brasileira, disputada no último fim de semana. Ainda assim, Nasr encara o campeonato de forma realista e se mostra confiante em uma recuperação do time para o próximo ano.

 

Ao ser questionado pelo GRANDE PRÊMIO sobre o carro do próximo ano, o brasiliense afirmou que a Sauber já está debruçada sobre o novo projeto, que terá uma concepção totalmente diferente do atual C34. “Esse trabalho já começou”, afirmou Felipe no paddock de Interlagos.

 

“O conceito do carro de 2016 é bem diferente deste ano. O carro que a gente vem guiando é muito parecido com o do ano passado, então o conceito vai ser diferente, mais focado na pressão aerodinâmica para trazer mais estabilidade, vai melhorar a frenagem e melhorar a tração também”, completou.

“Foi um ano em que o desenvolvimento do nosso carro foi limitado. Não falando só de mim, mas como a equipe em geral. O ano passado foi muito complicado para a Sauber, o que naturalmente influenciou o ritmo neste ano. Claro que tivemos melhorias na parte do chassi, do motor, mas a questão da pressão aerodinâmica, que faltou muito no carro deste ano, é um fator que vem limitando muito a gente”, acrescentou o brasileiro, dizendo que, por isso, o time suíço decidiu mudar todo o conceito do próximo carro.

 

“Particularmente tive muitos problemas de freios durante a temporada. Tenho certeza que o carro do ano que vem já tem uma solução para isso. Acho que tem, sim, coisas para melhorar.”

 

Nasr também se vê como peça importante dessa evolução da equipe de Peter Sauber. “Da minha parte, estou ganhando mais experiência e estou ficando mais maduro na F1, então tudo isso é uma combinação que sempre ajuda”, disse o piloto de 23 anos.

 

“Foi um ano de muito aprendizado. Eu não conhecia algumas pistas da F1. Mas não só conhecer, mas estar familiarizado com o ambiente, o relacionamento com a equipe em um fim de semana de corrida, como trabalhar a cada dia. Então vejo tudo isso como experiência e acho que posso usar isso muito melhor no ano que vem. Tudo faz parte do aprendizado. Mas acho que o melhor ainda está por vir”, encerrou.