De Vries fica ilhado ao tentar chegar em Faenza e relata caos: “Hotel virou abrigo”

Nyck De Vries viveu de perto o drama das inundações que afetam o norte da Itália. Pelas redes sociais, o piloto revelou que não conseguiu chegar ao hotel que tinha reservado para um dia de trabalho na sede da AlphaTauri, em Faenza, precisou dormir em um quarto cedido por um mecânico da McLaren e fazer uma longa viagem pelas montanhas para voltar para a casa.

Na quarta-feira (17), a Fórmula 1 foi forçada a cancelar a realização do GP da Emília–Romanha neste fim de semana por causa dos danos provocados pela emergência climática nas redondezas de Ímola. A organização do Mundial não descarta realocar a prova ainda neste ano, mas acredita que isso é “improvável”, como revelou um porta-voz ao GRANDE PRÊMIO.

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Antes, porém, De Vries dirigiu debaixo de chuva forte para chegar à sede da AlphaTauri para um dia de trabalho antes da corrida. Por conta das inundações que atingem Faenza, o holandês não conseguiu chegar ao hotel que tinha reservado e precisou buscar abrigo em uma pequena vila.

O hotel local, porém, estava lotado, e Nyck só encontrou onde dormir após um mecânico da McLaren ceder o quarto.

“Na noite de terça-feira, as 23h30, eu estava a caminho de Faenza para um dia de marketing na fábrica da SAT [Scuderia AlphaTauri] na quarta-feira”, escreveu De Vries. “Estava chovendo intensamente. Faenza já estava inundada e eu não consegui chegar ao meu hotel. Voltar para a rodovia também não era uma opção”, seguiu.

“Fiquei preso em uma pequena vila com um hotel completamente lotado. Felizmente, a McLaren ficou presa lá mais cedo e um mecânico [Frazer Burchell] foi gentil o bastante para me ceder o quarto dele”, relatou.

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Na manhã seguinte, De Vries foi confrontado pelo drama da população, já que muitos desabrigados encontraram um teto no saguão do hotel onde ele estava.

“Na manhã seguinte, o lobby do hotel virou um abrigo de emergência para pessoas que foram forçadas a escapar de suas casas durante a noite”, contou.

Após a confirmação de que o GP da Emília-Romanha não seguiria adiante, Nyck teve dificuldades para deixar a região.

“Depois do anúncio da F1, só uma opção em potencial para chegar em casa, que era guiar via Florença”, contou. “Após uma viagem aventureira pelas montanhas, graças a ajuda de pessoas locais e das autoridades em vilas diferentes, finalmente cheguei em casa em segurança”, destacou.

O parceiro de Yuki Tsunoda agradeceu as pessoas que o ajudaram pelo caminho e afirmou que foi emocionante testemunhar a corrente de solidariedade.

“Obrigado a cada uma das pessoas que foram gentis o bastante para me ajudar. Foi realmente emocionante ver tantas pessoas cuidando uns dos outros”, comentou. “Meus pensamentos estão com aqueles que continuam a ser afetados por esta tragédia. Vou voltar em breve a Faenza para encontrar o meu time e as pessoas da região”, concluiu.

De acordo com veículos de comunicação da Itália, choveu na região de Emília-Romanha em apenas 36 horas o equivalente a seis meses de chuva. 14 rios transbordaram na região norte, nove pessoas morreram e muitas ainda estão desaparecidas.

A Itália não é o único país afetado por chuvas torrenciais. Sérvia, Croácia e Eslovênia também foram atingidas.

A Fórmula 1 continua a temporada 2023 já na próxima semana, com o GP de Mônaco, em Monte Carlo, entre os dias 26 a 28 de maio.

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