O’Ward destaca “loucura multiplicada por 10” em carro da F1: “Nada chega perto disso”

Zak Brown, chefe da McLaren, cumpriu a promessa que fez a Pato O’Ward nesta terça-feira (14), primeiro dia de testes da Fórmula 1 em Abu Dhabi. Piloto da equipe de Woking na Indy, o mexicano ouviu do dirigente que teria a oportunidade de guiar o monoposto da McLaren na F1 se conquistasse uma vitória na temporada 2021. Pois o piloto dobrou as expectativas, triunfou em Texas e Detroit, e a promessa foi cumprida na pista de Yas Marina. Após a sessão, O’Ward se disse impressionado e sem palavras com a potência do carro.

“A oportunidade é rara, uma vez na vida, mas cara, que isso! Esses carros são ridículos”, impressionou-se o mexicano. “Eu estava esperando algo maluco e insano. Mas isso é maluco e insano multiplicado por dez. O que esses carros são capazes de fazer… Eu não sei como. Achei que a Indy fosse rápida. É muito louco, cara. Não sei mais o que dizer”, comentou O’Ward, ainda impressionado com a experiência.

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Pato conseguiu terminar o primeiro dia de testes com a quarta colocação, em um dia que teve jovens pilotos testando os carros da temporada de 2021. Além disso, alguns competidores do grid atual da Fórmula 1 também foram à pista, incluindo o campeão mundial Max Verstappen, para testarem os novos pneus da Pirelli para o ano de 2022, que terão 18 polegadas.

O’Ward ressaltou que começou a se impressionar com o carro logo na saída do pit-lane, antes mesmo de chegar à pista, e disse não haver comparação com qualquer outro carro que tenha pilotado na vida. Apenas três pilotos ficaram à frente do mexicano no final do dia: Nyck De Vries, atual campeão da Fórmula E que liderou a tabela de tempos pela Mercedes, Liam Lawson, da Red Bull, e Oscar Piastri, campeão de 2021 na Fórmula 2 que pertence à Academia Alpine.

We 𝙩𝙝𝙞𝙣𝙠 @PatricioOWard is having a good time… 😁 pic.twitter.com/ki2eJkYOxP

— McLaren (@McLarenF1) December 14, 2021

“Já na primeira volta, logo que eu saí [para a pista], senti a potência, a aderência, a freada. Essa coisa faz qualquer coisa que você queira. Que grande experiência, e que carro”, derreteu-se novamente Pato. “Você se sente muito bem, a mudança de direção, a pressão aerodinâmica, o poder de frenagem. É diferente de tudo. Nada que eu pilotei chega perto disso, nem um pouco perto. É inacreditável”, continuou.

Por fim, o piloto destacou que mesmo com a experiência impressionante, não conseguiu tirar tudo o que podia do carro. Segundo ele, isso se deve à sua própria condição física, com um corpo que não está acostumado às mudanças de direção velozes da F1. “Meu pescoço está destruído”, revelou. “Nas últimas voltas, eu estava olhando para baixo tentando ver aonde estava indo a 290 km/h”, encerrou.

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