Pérez estranha saída da Racing Point: “É como estar com a mulher com quem vai se divorciar”

Em ano marcado por tantos divórcios e separações midiáticas, uma das que mais chama a atenção na Fórmula 1 é o desenlace entre Racing Point e Sergio Pérez. Algo que o mexicano de Guadalajara admite que ainda não conseguiu assimilar

Muitos casais do showbiz romperam laços ao longo deste 2020 incomum e chamaram a atenção para o aumento no número de divórcios em um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus e da quarentena. Na Fórmula 1, duas rupturas de longa duração foram anunciadas nos últimos meses, sacudiram o mundo do esporte e estão entrelaçadas. Em maio, no chamado mês das noivas, Sebastian Vettel e a Ferrari tornaram público que o casamento entre os dois vai terminar ao fim deste ano. E, semanas atrás, a Racing Point oficializou a saída de Sergio Pérez após o encerramento do campeonato. Depois de estar na organização de Silverstone — quando ainda se chamava Force India — desde 2014, o mexicano vai dar lugar justamente a Pérez no novo nome da equipe, Aston Martin, a partir do ano que vem.

Estar por tanto tempo numa equipe e saber que está de malas prontas prestes a partir para um destino ainda desconhecido ainda causa espécie ao piloto de 30 anos nascido em Guadalajara.

“É muito estranho. É como estar com uma mulher com a qual você sabe que você vai se divorciar em dois meses”, comparou o piloto em entrevista à emissora britânica Channel 4.

Ainda sem saber para onde vai em 2021, Sergio Pérez deixará a Racing Point ao final da temporada (Foto: Racing Point)

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“Estou aqui há muitos anos e estive em situações parecidas e em situações diferentes, faz parte do jogo. Venho aqui, faço meu trabalho dentro e fora da pista e tenho de buscar dar 100%”, salientou o dono do carro #11, que avisa não haver espaço para ressentimento neste momento.

“Esta equipe é formidável comigo. Estamos juntos ao longo de sete anos, fiz muitos amigos aqui, de modo que quero terminar minha jornada com eles em alta e garantir de que sempre vamos lembrar esse tempo compartilhado com muito orgulho”, disse.

Pérez, nas últimas corridas do campeonato, Rússia e GP de Eifel, foi um dos bons nomes do grid da Fórmula 1 e assegurou nelas seu melhor resultado na temporada até agora com dois quartos lugares. As performances fizeram o mexicano saltar na classificação do Mundial de Pilotos de nono para o quinto lugar com 68 pontos somados, dez a menos na comparação com Daniel Ricciardo, da Renault.

Mas ‘Checo’ disputou duas corridas a menos na temporada, já que esteve ausente dos GPs da Inglaterra e do Aniversário de 70 Anos, ambas em Silverstone, depois que foi infectado pelo coronavírus entre o fim de julho e o início de agosto.

Com experiência de dez temporadas na Fórmula 1 e impulsionado pelo sempre forte patrocínio do conglomerado de empresas do bilionário mexicano Carlos Slim, Pérez tem o que muitas equipes consideram o pacote perfeito em termos de piloto. As vagas disponíveis, na teoria, não são muitas.

A Haas ainda não definiu sua dupla de pilotos para 2021, enquanto a Red Bull e AlphaTauri estão em compasso de espera sobre o dono do cockpit dos seus carros, uma vez que o futuro de Alexander Albon e Daniil Kvyat estão, respectivamente, em xeque nas equipes. Já a Alfa Romeo, segundo as informações do paddock, parece estar inclinada a fechar com Mick Schumacher e a manter Kimi Räikkönen por mais um ano.

Sendo assim, Pérez sequer tem certeza de que vai permanecer no grid da Fórmula 1 na próxima temporada.

“Tem acontecido conversas com as equipes que não confirmaram suas duplas para o ano que vem e havido alguma evolução em certas equipes, mas não tenho nenhuma notícia para dar ainda, não assinei nada. Acho que no mês que vem, mais ou menos, vou tomar a decisão de ficar ou de partir”, comentou.

O que ‘Checo’ deixa claro é que, nesta altura da sua carreira na Fórmula 1, não faz sentido dar um passo atrás e correr por uma equipe que possa lhe oferecer menos do que tem hoje às mãos.

“Por fim, agora tenho um carro competitivo, portanto vai ser difícil pensar em voltar ao fim do grid. Estive lá por muitos anos e lutado para ter um bom carro. Também sou consciente de que não me faltam muitos anos aqui. Estou num momento diferente da minha carreira e não me vejo competindo lá atrás”, concluiu.

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