Gasly revela desejo de ver Tsunoda na Red Bull, mas afirma: “Não sou Marko”

Embora tenha tido a oportunidade de competir na equipe principal da Red Bull — mesmo que por apenas alguns meses, em 2019 —, Pierre Gasly sabe muito bem como é ser deixado de lado pelos taurinos. Ex-companheiro de Yuki Tsunoda, o piloto da Alpine disse que conversou com o japonês sobre a situação do mesmo e que, inclusive, deu alguns conselhos.

Depois de ingressar na Fórmula 1 em 2021, vestindo as cores da então AlphaTauri — atual RB (Visa Cash App RB) —, Tsunoda atravessou um período importante de amadurecimento e, desde então, vem apresentando um desempenho satisfatório. Em 2024, por exemplo, o dono da VCARB 01 #22 já somou 22 pontos na classificação do Mundial de Pilotos, dez a mais do que o experiente Daniel Ricciardo, que, por sua vez, foi alçado ao posto de favorito para assumir a vaga de Sergio Pérez no time principal.

No entanto, logo após o GP da Bélgica, no primeiro dia das férias de verão da categoria, Helmut Marko e Christian Horner bancaram a permanência do mexicano ao lado de Max Verstappen, frustrando tanto o australiano quanto Yuki, que renovou contrato com a escuderia de Faenza este ano e já deixou claro que não vê sentido em ficar atrás do colega de garagem e de Liam Lawson na fila pela promoção.

Companheiro de Tsunoda em 2021 e 2022, Gasly saiu em defesa do piloto de 24 anos e lamentou o fato de não poder fazer nada. “Eu sempre disse que Yuki é muito rápido. Vi de perto. Ele provou isso nas últimas temporadas e continuará provando”, disse o francês ao Autosport.

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“Conversei com ele sobre isso, trocamos algumas palavras e sei que ele quer mais e sente que merece mais. Não é uma posição fácil. Pessoalmente, gostaria que ele tivesse uma chance na Red Bull, mas não sou Helmut Marko”, acrescentou.

O atual companheiro de Esteban Ocon teve a oportunidade de competir pela escuderia dos energéticos em 2019, mas durou apenas 12 corridas — da primeira, o GP da Austrália, até a última antes da pausa de verão, o GP da Hungria. O desempenho abaixo das expectativas fez com que Gasly fosse rebaixado para a vaga de Alexander Albon, na Toro Rosso, permanecendo por lá até o fim de 2022, antes de se mudar para a Alpine.

“Já estive em uma posição semelhante à dele. O que digo a ele é: ‘Continue fazendo o que você está fazendo. Enquanto você for competitivo, em algum momento você chegará ao lugar certo'”, finalizou.

A Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.

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