Pirelli aprova teste “muito útil” em Abu Dhabi e vê pneus de 2025 “mais resistentes”

Embora boa parte das atenções durante a atividade de pós-temporada da Fórmula 1, realizada na terça-feira (10), estivesse voltada para as novidades nas equipes, como Carlos Sainz na Williams, Esteban Ocon na Haas ou Gabriel Bortoleto na Sauber, por exemplo, é claro que os testes com os pneus da Pirelli para 2025 também eram de extrema importância. Diretor de automobilismo da fornecedora italiana, Mario Isola avaliou os resultados obtidos e falou também sobre o C6, um composto ultramacio, novidade para a cartela.

Ao longo das oito horas — divididas em duas sessões de quatro horas — em que os pilotos estiveram na pista, os novatos usaram os mesmos compostos selecionados para o GP de Abu Dhabi (dois C3, quatro C4 e dois C5), no último fim de semana. Os veteranos, por sua vez, serviram de cobaias e avaliaram a seguinte gama de pneus que estarão disponíveis no próximo ano: um C2, três C3 e C4, dois C5 e um C6. A nova borracha, inclusive, já havia sido testada no treino livre 2 do GP da Cidade do México, no fim de outubro.

“Foi um teste muito útil, sendo possível ver toda a nova gama de compostos que foram homologados para a próxima temporada em uso, com exceção do C1. As condições da pista eram muito boas, muito semelhantes às experimentadas no último domingo durante a última corrida do ano, e com temperaturas não muito diferentes”, disse Isola após o teste de pós-temporada.

“Reunimos muitos dados que agora serão analisados ​​com muito cuidado por nossos engenheiros e também pelo pessoal das equipes, para continuarmos nos preparando da melhor maneira possível para a próxima temporada. A partir de uma primeira análise, podemos dizer que os novos compostos provaram oferecer maior resistência mecânica, o que, portanto, leva a uma redução no nível de abrasão na banda de rodagem”, continuou.

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“Quanto ao superaquecimento, sabíamos que seria difícil ver melhorias significativas, pois corremos quase inteiramente em condições ensolaradas, ao contrário do fim de semana de corrida. Outro tópico importante foi verificar o posicionamento dos compostos dentro da faixa de 2025: pelo que vimos, podemos dizer que a diferença de desempenho entre o C2, C3, C4 e C5 está mais alinhada com nossos objetivos — ou seja, ter uma diferença de cerca de 0s5 entre cada um deles”, comemorou o dirigente da Pirelli.

“Quanto ao novo C6, vimos nesta pista, principalmente no setor final e especialmente em termos de tração, que o desgaste, mesmo em uma primeira volta rápida, foi considerável. Agora faremos uma análise cuidadosa dos dados para identificar quais pistas serão mais adequadas para seu possível uso em um fim de semana de corrida”, explicou.

“Se os dados confirmarem esta indicação, significa que temos de considerar as corridas para escolher o C6. Uma ideia inicial foi Mônaco, Montreal, Singapura e Las Vegas. Agora vamos olhar os dados, avaliar como funcionou o C5 este ano e depois decidir para 2025. Hoje, porém, não houve elementos estranhos ou nada que não fosse esperado — tudo correu bem”, encerrou.

A Fórmula 1 agora entra oficialmente de férias e dá adeus a 2024. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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