Porsche culpa Red Bull por fazer desmoronar acordo de “aperto de mãos” por entrada na F1

Oliver Blume, diretor-executivo da Porsche, revelou recentemente que aconteceu até um 'aperto de mãos' entre as duas partes e aproveitou para cutucar a Red Bull

A Porsche tinha grandes expectativas em cima do acordo com a Red Bull, para enfim entrar na Fórmula 1. Mas as negociações naufragaram. A marca alemã pertencente ao Grupo Volkswagen anunciou em setembro que as duas empresas desistiram da parceria a partir da temporada 2026.

O motivo, segundo o comunicado emitido pela Porsche, foi a resistência da base em Milton Keynes em ceder metade do controle da equipe. Os alemães alegaram desde o início das negociações que o interesse é que a parceria fosse “em pé de igualdade”, o que significaria para a Porsche não ser apenas a fabricante dos motores, como também proprietária de 50% da Red Bull.

Oliver Blume, diretor-executivo da Porsche, revelou recentemente que aconteceu até um ‘aperto de mãos’ entre as duas partes, antes do acordo encaminhado ir por água abaixo.

“As negociações correram muito bem, uma participação na equipe foi acertada em um aperto de mão, mas não foi finalizada no último momento”, disse ele, em entrevista ao site alemão Speedweek. “Queríamos ser um parceiro igualitário. Cada um tem de decidir por si mesmo se quer vender ações. Tudo bem para nós. Nós nos comportamos de maneira justa”, acrescentou.

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Red Bull Porsche? Negócio caiu (Foto: Jeroen Claus/Instagram)

“Vamos ver o que acontece no futuro e o que será atraente. Temos um grande programa [no automobilismo] pela frente e estamos ansiosos”, encerrou.

Quando o encerramento na negociação foi divulgado, Christian Horner, chefe da Red Bull, disse que o projeto da fabricante alemã “não se encaixou” no DNA dos taurinos. “É claro que, com a Red Bull se tornando uma fabricante de motores em 2026, manter essas conversas sempre foi algo natural”, disse o inglês à Autosport. “Essas discussões foram concluídas, e chegamos a um consenso de que não era correto o envolvimento com a Red Bull na F1”, comentou.

“Nos comprometemos a ser uma fabricante de motores há um ano e meio, mais ou menos. Investimos massivamente em instalações e pessoal, e o primeiro motor da Red Bull foi acionado há um mês. Portanto, é um capítulo absurdamente empolgante para nós, e isso nunca dependeu de terceiros ou de um OEM (fabricante do equipamento original, da sigla em inglês). Definitivamente, isso nunca foi um pré-requisito”, continuou Horner.

A Porsche segue focada em encontrar uma parceria para tornar o negócio possível na F1 em 2026. No entanto, deixa claro: quer estar na categoria também gerenciando uma equipe.

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