Presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo revelou que terá um envolvimento muito maior no dia a dia da equipe de F1 a partir de agora, especialmente como forma de ajudar o novo chefe da equipe, Marco Mattiacci, a se integrar de maneira mais rápido à competição.
Na segunda-feira (14), a mais tradicional esquadra do grid anunciou a renúncia de Stefano Domenicali, que estava no comando do time vermelho desde o fim de 2007. Para o posto, Maranello escolheu Mattiacci, CEO da marca italiana na América do Norte.
Montezemolo está convencido de que o executivo é a pessoa certa para o trabalho, apesar da aparente falta de experiência em corridas. O dirigente-mor disse também que vai auxiliar o novo comandante pessoalmente. "Vou ajudá-lo. E vou fazer como eu fiz no ano passado: vou ficar mais perto da equipe de F1 e passar mais tempo nas garagens", declarou o ferrarista em entrevista ao jornal 'La Gazzetta dello Sport'.
"A primeira pessoa que não está satisfeita com tudo isso sou eu, mas eu estou me colocando na linha: Mattiacci é a escolha certa. Vamos voltar às vitórias em muito breve. Eu decidi promover um administrador jovem. E acredito firmemente nisso. Além disso, é uma pessoa da família Ferrari, o que nos impediu de procurar qualquer mercenário ao redor do mundo."
"Vamos olhar para frente agora. Devemos todos arregaçar as mangas para tornar essa equipe competitiva novamente", acrescentou.
Montezemolo também entende que a falta de conhecimento técnico de Mattiacci é irrelevante para sua posição. "Dizer que Marco não é um técnico é inútil e injusto. Além disso, eu o escolhi em total acordo com Sergio Marchionne (diretor-executivo da Fiat)", disse. "Estamos cheios de pessoas talentosas, com grandes qualidades e capacidades para uma reação imediata", completou.
Por fim, o chefão da Ferrari ainda reservou palavras de elogio a Domenicali. "Depois de 23 anos, Stefano teve muita coragem ao renunciar, isso é algo raro em nosso país. Ele pagou pela falta de resultados, e isso é a primeira regra do esporte. Mas também preciso lembrar que, desde 2007, nós ganhamos três títulos e ficamos próximos de vencer pelo menos duas vezes. E isso não é algo simples e não pode ser esquecido, principalmente porque não faz um século isso aconteceu", finalizou.