Presidente da FIA critica Hamilton, Vettel e Norris por ativismo com pautas sociais
Mohammed Ben Sulayem citou exemplos de Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Lando Norris ao falar que o esporte a motor não deveria se envolver com temas políticos
Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem fez controversos comentários sobre ativismo dos pilotos do grid atual da Fórmula 1. Em entrevista ao site brigânico GrandPrix247, o mandatário, que assumiu o poder da maior entidade do automobilismo mundial em 2022, falou sobre os envolvimentos de política no esporte a motor.
Ao ser questionado sobre o que o esporte não deveria se tornar, Sulayem citou os exemplos do heptacampeão mundial Lewis Hamilton, o tetracampeão Sebastian Vettel e de Lando Norris, que constantemente advogam por temas como direitos humanos, meio ambiente e saúde mental.
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“Eu venho de um mundo preto e branco, e é muito difícil fazer isso. Quando é governança, tem de ser governança, quando é neutralidade, tem de ser neutralidade. Estamos, portanto, por uma razão e uma razão apenas, e isso é o esporte. Agora você tem de ser político às vezes, mas não ser realmente um político. Onde você encontra equilíbrio? A FIA precisa ter cuidado para não ser arrastada para a política sem esquecer nossas raízes no automobilismo”, declarou.
“Niki Lauda e Alain Prost só se preocupavam em guiar. Agora, Vettel pedala numa bicicleta de arco-íris, Lewis é apaixonado pela questão dos direitos humanos e Norris fala de saúde mental. Todo mundo tem o direito de pensar. Para mim, é uma questão de se devemos impor o tempo todo nossas crenças em algo além do esporte”, declarou.
Sulayem tentou ressaltar a diversidade e igualdade em sua gestão na FIA, mas cita que não quer impor suas crenças em cima das questões do esporte a motor, afirmando que regras foram feitas para serem cumpridas.
“Sou de uma cultura árabe: sou internacional e muçulmano. Não imponho minhas crenças nos outros, de jeito nenhum, nunca. Se olharmos para minha operação nos EAU. temos [gente de] 16 nacionalidades. Diga uma única federação que tenha esse número de nacionalidades. Além disso, são 34% de mulheres e sete religiões. Ainda temos mais cristãos que muçulmanos. Tenho orgulho disso porque cria credibilidade e mérito”, seguiu.
“Mas eu imponho minhas crenças? Não. As regras existem e, ainda hoje, estão lá até para questão como, por exemplo, joias. Eu não escrevi nada disso”, completou.
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