Prost endossa Todt e Ecclestone e pede pacote completo de mudanças na F1: “Não é só o motor ou chassi”

Alain Prost, quatro vezes campeão mundial de F1, é claro: a categoria precisa mudar. Na visão do ‘Professor’, o esporte precisa voltar a atrair a atenção da mídia e resgatar sua popularidade. Para isso, o ex-piloto e atual chefe de equipe da e.dams na F-E entende que é preciso mudanças profundas na estrutura do esporte, envolvendo não apenas motor e chassi, mas também até mesmo no regulamento técnico e desportivo. De certa forma, Prost vai na mesma direção do discurso de dois insatisfeitos com os rumos da F1 na atualidade: Bernie Ecclestone e Jean Todt, que tentaram, sem sucesso, introduzir no esporte o chamado motor alternativo, de custo mais baixo às equipes de menor poderio financeiro do grid.

 

Em entrevista ao site norte-americano ‘Motorsport.com’, Prost não especificou os itens que a F1 precisa mudar, mas foi enfático ao defender uma pequena revolução na categoria para se manter como ápice do automobilismo.

 

“Não quero entrar muito neste mérito e vou te dizer o motivo: a gente só fala de uma coisa, e esse é o problema na F1. A gente olha para os motores, o chassi e para o regulamento esportivo”, comentou o tetracampeão do mundo.

“Na minha opinião, precisamos ter um pacote completo de mudanças, e isso vai levar muito tempo. De modo que não quero ver mais coisas do tipo na imprensa, já que às vezes as declarações que não refletem o que eu penso. Há muitas coisas que [a F1] precisa mudar”, acrescentou.

 

Prost concordou com a visão de Todt, presidente da FIA, e Ecclestone, o chefe supremo da F1, de que é preciso mudar para que a categoria volte a crescer. “Sim, mas como te disse, acredito que a melhor forma é ter um pacote completo de mudanças. Não é só o motor ou chassi.”

 

“São as regras esportivas como um todo. É preciso dar a chance de as equipes pequenas serem mais competitivas, não somente dando mais dinheiro, mas também buscando outras maneiras no regulamento, especialmente o técnico”, defendeu o francês.

 

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