RB assume “equívoco” em tratamento de despedida de Ricciardo: “Não estamos felizes”
Laurent Mekies, chefe da RB, confessou que equipe não conduziu despedida de Daniel Ricciardo de “maneira suficientemente boa”
Pela pequena amostra que a RB teve de Liam Lawson no GP dos Estados Unidos, realizado no último domingo (20), dá para dizer que a equipe tomou a decisão correta ao abrir espaço para o neozelandês e cortar Daniel Ricciardo. No entanto, Laurent Mekies, chefe da escuderia de Faenza, confessou que “não está feliz” com a forma como o time conduziu a despedida do experiente piloto.
Segundo Mekies, a escolha por manter a saída de Ricciardo em sigilo durante o GP de Singapura foi tomada em conjunto com o piloto. No entanto, o dirigente não quis explicar os motivos, pois seriam apenas “desculpas” a essa altura.
Durante a rodada em Marina Bay, Ricciardo se mostrou emocionado durante as entrevistas e não quis detalhar se seguiria no grid ou não. Uma vez que viu o piloto do #3 na situação de não poder explicar o que estava acontecendo, mas sendo questionado constantemente, Mekies entendeu que errou na decisão tomada.
“Claro que não estamos felizes e não achamos que fizemos isso de maneira suficientemente boa. As razões por trás de como foi tratado seriam desculpas, então nem quero entrar nos motivos, mas o que é claro é que tivemos muitas discussões com o Daniel e tanto a equipe quanto o piloto estavam cientes de que estávamos indo para aquele fim de semana com uma situação impossível de lidar”, comentou em entrevista à Sky Sports.
“Escolhemos juntos, provavelmente de maneira equivocada e por muitas razões, manter isso em sigilo até o final do fim de semana. Obviamente, isso significou que Daniel passou por um fim de semana tão difícil que percebemos rapidamente que não era o que gostaríamos”, continuou.
Por outro lado, Mekies destacou que presenciou uma onda de apoio em direção a Ricciardo que provavelmente não seria a mesma “se tivessem feito algo mais convencional”. Ainda assim, o dirigente assume que faria diferente se tivesse a chance e exaltou o australiano por ser “maior que a F1”.
“Dito isso, foi errado, e foi algo que faríamos melhor se tivéssemos de fazer de novo. Acho que todo o paddock, todos os fãs lá fora, encontraram uma maneira de demonstrar amor por ele, de mostrar empatia, e talvez até mais do que se tivéssemos feito algo mais convencional”, comentou o dirigente da RB.
“Daniel mostrou que é mais do que um piloto de F1, ele é provavelmente maior que a F1. Todos nós amamos o Daniel e tenho certeza de que, de alguma forma, isso chegou até ele imediatamente”, encerrou.
Logo na estreia e substituindo Ricciardo, Lawson largou da 19ª posição no GP dos Estados Unidos e conseguiu escalar o pelotão para cruzar a linha de chegada em nono e somar dois pontos. Com isso, o neozelandês está na 20ª posição do Mundial de Pilotos, à frente de Guanyu Zhou, Logan Sargeant e Valtteri Bottas.
A Fórmula 1 volta às pistas já neste fim de semana, entre os dias 25 e 27 de outubro, para o GP do México, na Cidade do México.
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