Red Bull busca patrocínios de Colapinto para pagar taxa milionária exigida por Williams
De acordo com o RacingNews365, o apoio financeiro que Franco Colapinto recebe de empresas como o Mercado Livre garantiria à Red Bull o pagamento de R$ 115 milhões exigidos pela Williams
Se a Red Bull realmente quiser ter Franco Colapinto em 2025, terá de desembolsar US$ 20 milhões (R$ 115 milhões, na cotação mais recente) à Williams como compensação pelo passe do argentino. Esta, aliás, seria a razão pela qual o chefe dos taurinos, Christian Horner, reuniu-se com patrocinadores de Franco durante a passagem da Fórmula 1 por Interlagos, no último fim de semana.
A informação é do portal neerlandês RacingNews365 desta terça-feira (5) e vai na mesma linha do que fora noticiado pelo jornalista Jack Plooij, da TV Ziggo, na semana passada. A publicação diz que a Williams não está disposta a liberar Colapinto facilmente, por mais que não possa oferecer a ele um assento no ano que vem. O time de Grove terá Alexander Albon e Carlos Sainz formando a dupla titular.
Colapinto tem um vasto aporte financeiro proveniente de marcas como o Mercado Livre, empresa de tecnologia com forte atuação na América do Sul, e a Globant, de TI e desenvolvimento de software, além do apoio da estatal YPF, maior perfuradora e refinadora de petróleo da Argentina. Os patrocinadores, aliás, garantiriam o financiamento da taxa exigida pela Williams.
A informação do RacingNews365 também vai ao encontro do que noticiou o portal Carburando esta semana. A mídia argentina relatou que Horner se reuniu “várias vezes” com o fundador do Mercado Livre, Marcos Galperín, e os cofundadores da Globant, Martín Migoya e Guibert Englebienne. Não houve, contudo, discussões sobre condições ou contratos entre as partes.
Desde o início da semana passada, veículos argentinos têm divulgado detalhes da possível negociação que acontece entre Colapinto e Red Bull. O ex-piloto e jornalista Rubén Daray, que comanda o programa A Todo Motor, chegou a cravar a ida dele para Milton Keynes, e no lugar de Sergio Pérez. “Estou avisando que, neste momento, Franco Colapinto já é o segundo piloto da Red Bull para 2025.”
Horner inflamou ainda mais os rumores ao ser visto deixando a hospitalidade da Williams depois de passar a manhã de sexta-feira (1) com James Vowles. À imprensa presente no local, admitiu que “seria um mau chefe se não checasse a disponibilidade dele”. “Franco é outro talento. Portanto, é claro que estamos sempre de olho no mercado e em como as coisas estão se desenvolvendo”, salientou.
Vowles também não esconde que busca encaixar Colapinto no grid já do ano seguinte. O dirigente afirmou que, no momento, “está explorando oportunidades com várias equipes interessadas”. Daray disse ainda que há “ofertas de todo o tipo, menos de Ferrari, McLaren e Mercedes” ao piloto de 21 anos.
Mas há ainda outro lado: a dispensa de Pérez. Além de desembolsar muito dinheiro para ter Colapinto, a Red Bull também teria de pagar uma alta taxa de comutação, cláusula que todos os pilotos têm nos contratos, ao mexicano. Na matemática, a troca por Franco renderia pouco lucro à Red Bull
O interesse no argentino também expõe novo conflito interno. Hoje, ele parece ter o apoio de Horner, enquanto o consultor, Helmut Marko, é declaradamente fã de Isack Hadjar, integrante da academia e próximo da fila na briga por um assento na F1. A ordem natural, portanto, seria Liam Lawson entrar no lugar de Pérez e Hadjar subir para a RB, porém Franco trouxe um cenário completamente novo para Milton Keynes.
Marko já avisou que não haverá nenhuma mudança na Red Bull até Abu Dhabi e citou o teste de pós-temporada como “momento de decisão” para Hadjar. Vale lembrar que o outro piloto da RB, Yuki Tsunoda, estará ao volante do RB20 na mesma sessão.
A Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro.
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