Red Bull e Mercedes pedem mais estudos sobre nova diretriz: “Efeito-solo é um problema”

Rivais ferrenhas na temporada 2021 da Fórmula 1, Red Bull e Mercedes encontraram, enfim, um denominador comum. A diretriz técnica emitida pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) nesta quinta-feira (16), que pretende diminuir o porpoising nos carros por motivos de segurança, uniu tanto Christian Horner como Toto Wolff nas críticas feitas ao movimento, em que ambos acreditam que a medida seja difícil de regulamentar.

Neste final de semana em Montreal, a FIA pretende coletar o máximo possível de dados para encontrar uma maneira de introduzir uma métrica baseada na aceleração vertical do carro que, com isso, dará um limite quantitativo aceitável para oscilações verticais e todas as equipes terão que cumprir esse número, configurando seus carros para que fiquem adequados.

Horner deu sua opinião sobre o tema e acredita que a FIA terá dificuldades para encontrar um resultado adequado para a medida. “Precisa-se discutir um pouco mais a questão para entendermos como será feito. Embora acredite que seja bem intencionado, a implementação correta da medida é essencial. E se, por exemplo, tivermos uma mudanças nas condições climáticas? Acho que essa sempre vai ser a grande dificuldade”, disse o chefão da Red Bull.

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Sabe-se bem que a Red Bull está sofrendo pouco com os quiques, afinal, lidera o Mundial de Pilotos com Max Verstappen e o de Construtores com boa folga diante da vice-líder, a Ferrari, por isso Christian pensa que a tal diretriz técnica foi emitida sob pressão. “A implementação e o entendimento das métricas são importantes, mas acredito que sim, tenha sido uma reação sobre eles, o que era inevitável por questões de segurança”.

Diante deste cenário, a resposta aos quiques feitas desta maneira foi melhor que a altura mínima, na visão de Horner. “Acho que seria grosseiramente injusto ter o equivalente a uma mudança de regulamento no meio do ano”, completou.

A Mercedes é a equipe que mais sofre com o porpoising na temporada, visto que até de dor nas costas o heptacampeão Lewis Hamilton reclamou na última prova, em Baku. Toto Wolff, então, foi ao encontro das falas de seu rival e aponta que a FIA complicou demais a situação e que a FIA precisava ter tido mais conversas com as equipes. “Não é fácil criar essa métrica, a frequência de medição pode levar a situações ou avaliações muito controversas. Um carro que está quicando demais seria desqualificado? Duvido. Acho que todas as equipes precisam se unir à FIA e dizer ‘o que podemos fazer’ para controlar isso.”

Wolff seguiu uníssono às declarações de Horner sobre as avaliações dos saltos serem dúbias e interpretativas. “O ponto é: os carros saltam em vários estágios ao longo do final de semana, com combustível, sem combustível, com vento, vento de proa, de cauda, níveis distintos de aderência. Acredito que seja muito diferente dizer durante os treinos que você está pulando demais, e aí, como fica na corrida? O que precisa ser reconhecido é que os carros de efeito solo são um problema. E precisamos lidar com isso”, completou o chefão da Mercedes.

O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do GP do Canadá AO VIVO e EM TEMPO REAL. Logo mais, o TL2 está marcado para as 18h (de Brasília, GMT-3).

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