Um dos maiores engenheiros da história da Fórmula 1, Adrian Newey é peça fundamental da Red Bull desde 2006. O projetista ajudou a equipe a conquistar 13 títulos no período e, apesar de ter menos obrigações, segue sendo peça fundamental dos taurinos. Pierre Waché, diretor técnico do time, ressaltou que Newey é insubstituível e que sua contribuição segue sendo essencial.
“Ele é insubstituível sim, não tem como substituí-lo!”, disse Waché ao Motorsport.com. “No dia a dia, ele não faz parte do nosso processo. Ele vem mais de lado e tenta nos ajudar ou desafiar em diferentes aspectos da equipe. Pode ser design mecânico, aerodinâmico ou dinâmicas do veículo”, contou.
“Você tem que usá-lo como experiência, pois ele tem menos tempo para nós. Ele é mais… não sei a palavra em inglês, quando você diz que alguém está lá para desafiar um aspecto ou alguma coisa. Ele não está lá para planejar, para fazer todo o conceito completo do carro”, explicou o engenheiro francês.
A importância de Adrian para a Red Bull ficou ainda mais clara em maio do ano passado, quando acertou uma renovação com o projetista para mantê-lo no time por mais alguns anos, se envolvendo também com a construção do motor que será fabricado em 2026 pela Red Bull Powertrains.
Questionado se Newey agora estava agindo mais como um consultor, com a equipe trocando ideias com ele, Waché confirmou: “Sim, com certeza. E mais, ele está nos desafiando. Eu diria que mais desafiando do que [concordando]. Eu acho que é bom. Porque quando você tem um contratempo, você também vê coisas diferentes. Ele tem uma formação diferente de todos nós. E também, ele tem conhecimentos que não temos, porque não tivemos essas experiências”, elogiou Waché.
“Ele é uma pessoa muito inteligente e ainda tem a cabeça muito aberta. Pessoas com muito sucesso normalmente [pensam] que a sua ideia é a melhor, mas ele não é assim. Ele é muito aberto. Acho que ele está trabalhando assim, como um mentor e nos desafiando”, concluiu o francês.