Horner se movimenta para segurar diretor-técnico na Red Bull após saída de Newey

De acordo com a versão italiana do Motorsport, o contrato do diretor-técnico, Pierre Waché, foi renovado com um "ajuste salarial significativo". O francês é considerado o nome mais forte do corpo técnico dos taurinos

A anúncio da saída de Adrian Newey da Red Bull após quase 20 anos representa uma perda das mais consideráveis para a base em Milton Keynes, e Christian Horner já se mexe para evitar que haja um desmoronamento na equipe, da mesma forma como aconteceu com Williams e McLaren quando o mesmo movimento aconteceu. A principal estratégia do britânico gira em torno do diretor-técnico, Pierre Waché.

A informação é da versão italiana do site Motorsport desta terça-feira (2). Waché, que está na Red Bull desde 2013, assumiu o posto de diretor-técnico em 2018. O francês, porém, sempre se reportava a Newey no início, algo que não acontece mais há três temporadas. Agora, é Horner o contato direto do engenheiro.

Waché, inclusive, é visto atualmente como um dos nomes mais fortes do corpo técnico do time dos energéticos na Fórmula 1, com mais influência que Newey, até. Tanto que a Ferrari chegou a colocar o engenheiro na mira já para 2025, de acordo com a La Gazzetta dello Sport de fevereiro.

Só que Horner contra-atacou, renovando contrato de Waché com um “ajuste salarial significativo”, segundo a publicação italiana. O grupo técnico do engenheiro francês ainda conta com outros nomes fortes e que também foram alvo da Ferrari, informou a La Gazzetta, entre eles o chefe de aerodinâmica, Enrico Balbo, Craig Skinner (designer-chefe), Ben Waterhouse (chefe de desempenho) e Paul Monaghan (engenheiro chefe). Todos estão garantidos até o final de 2025.

O projetista Adrian Newey vai deixar a Red Bull no início de 2025 (Foto: Red Bull Content Pool)

A questão, no entanto, é que o histórico é preocupante para a Red Bull. Na década de 1990, Newey foi responsável pelos projetos vencedores em 1992, 1993 e 1996 com a Williams, mas a ida do projetista para a McLaren no ano seguinte deu início a uma nova ascensão do time de Woking — e, consequentemente, queda da base em Grove. Em 1998 e 1999, Mika Häkkinen chegou ao bicampeonato, em mais dois projetos bem-sucedidos do famoso engenheiro.

Newey, então, deixou a McLaren ao final da temporada 2004, após período de total domínio da Ferrari, e uniu-se a uma ainda jovem Red Bull. Do lado dos ingleses, mais uma saída que coincidiu com o início de um declínio que ainda teve o ‘Spygate’ no meio do caminho, em 2007.

O que Horner quer evitar é que isso aconteça, uma vez que o caso envolvendo-o após as acusações de conduta inapropriada expôs uma guerra de poder entre a parte tailandesa da Red Bull, que apoia o britânico, e o lado austríaco, escabeçado por Helmut Marko. Segundo a publicação italiana, Christian trabalha com um conceito de Red Bull 2.0, já que o time também pode ficar sem Max Verstappen e Marko de 2026 em diante. Um teste, portanto, para o homem que também foi responsável por transformar a equipe austríaca em time de ponta na F1.

Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.

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