Red Bull reforça “compromisso inabalável” de Verstappen. Enquanto “gostar de ambiente”

Nem mesmo toda a crise que explodiu na Red Bull no início do ano passado foi capaz de abalar o compromisso que Max Verstappen tem com a escuderia. Quem garantiu foi o chefe, Christian Horner, que enfatizou mais uma vez que não vê razão para o neerlandês deixar Milton Keynes antes do fim do contrato vigente, que vai até 2028 — a não ser por um ponto: se ele deixar de “gostar do ambiente”.

A possibilidade de uma saída precoce de Verstappen da Red Bull veio à tona em meio às investigações internas que Horner sofreu por suposta conduta inapropriada com uma funcionária. Mesmo inocentado, o escândalo evidenciou um racha que colocou ele e o consultor, Helmut Marko, em lados opostos.

Max, então, surpreendeu ao declarar publicamente lealdade a Marko, ao mesmo tempo em que a imprensa neerlandesa revelava que o contrato dele possuía uma cláusula que o liberava do longo compromisso caso o consultor austríaco deixasse o time.

Em agosto, a versão italiana do site Motorsport publicou que Helmut e Horner haviam selado acordo de paz. O contrato de Verstappen também deixou de ter a cláusula de saída — informação confirmada pelo consultor em entrevista recente.

Ao site da revista inglesa Autosport, Horner falou sobre as especulações em torno do futuro de Verstappen. “Max sempre foi muito claro com a equipe.”

“O compromisso dele continua inabalável. Ele gosta das pessoas em quem confia, daquelas com quem trabalha e gosta muito de fazer parte desta equipe”, acrescentou.

“É claro que, com o talento que tem, tenho certeza de que está na lista de desejos de Natal de todos os chefes de equipe. Isso é inevitável. Mas, enquanto pudermos fornecer a ele um carro competitivo e um ambiente em que ele goste de correr, não vejo nenhuma vontade dele de estar em outro lugar”, completou Horner.

Em seguida, o líder da Red Bull foi questionado sobre a fala de Verstappen dita após o GP da Arábia Saudita, ainda na primeira parte da temporada, ao afirmar que deixaria o time caso Marko saísse. “Bem, Helmut não foi embora e não vai, então acho que Max… ele reconhece o valor da equipe, e, novamente, foi isso que ele cultivou durante esse período.”

“Quando o carro não está rendendo o esperado, os pit-stops precisam ser fortes, a estratégia precisa ser boa, a confiabilidade tem de estar presente. É preciso tomar as decisões certas nos momentos certos”, seguiu.

“O problema é que, assim que você cruza a linha vermelha e entra na garagem, deixa para trás todo o barulho do paddock. Quando ultrapassa essa linha, tudo volta ao normal”, finalizou Horner.

Agora, a Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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