Renault diz que desistiu de Ocon para “não viver lados positivos e negativos” de novo empréstimo

A Renault decidiu por Daniel Ricciardo para ser companheiro de Nico Hülkenberg a partir de 2019. Mas a lista de opções ia além: tinha também Carlos Sainz e Esteban Ocon – e até um pensamento por Fernando Alonso, logo rejeitado.  

Se Sainz vai para a McLaren e Alonso sairá da F1, sobrou uma dúvida: por qual motivo Ocon não foi o escolhido pela equipe francesa? Nesta quarta-feira (29) Cyril Abiteboul, chefe da Renault, explicou as razões.

Segundo o dirigente, o acordo esteve próximo. Mas a repetição da situação vivida com Sainz – ou seja, um empréstimo de piloto por parte de um adversário – impediu a assinatura do contrato.

Ocon é piloto da Mercedes e, com a compra da Force India, agora Racing Point, por parte de Lawrence Stroll, pode ficar a qualquer momento sem uma equipe na F1.

"Eu acho que Esteban se encaixaria muito bem aqui. Fomos honestos com seu pessoal até o fim, mas acabou sendo estranho, pois ele é piloto de um rival", disse Abiteboul.

"Isso ficou em nossas cabeças, o fato de que mais uma vez teríamos que discutir com um adversário sobre um piloto. Tivemos isso com Carlos, e não queríamos viver os lados positivos e negativos novamente", seguiu.

Para ele, viver a mesma situação por mais um ou dois anos tornaria a Renault dependente de outra equipe, algo não desejado pelos franceses: "Parece um pouco estranho", completou.

Ocon segue vivendo uma incerteza para a próxima temporada – e até para a atual, já que Lance Stroll pode ocupar sua vaga na Racing point Force India a qualquer momento. Sem a Mercedes como opção, ele pode pleitear uma vaga na Toro Rosso, por exemplo. Haas, Sauber e Williams também são equipes que, mesmo com pilotos sob contrato, ainda não decidiram suas duplas para 2019.