Grosjean afirma que teste com Mercedes está de pé: “Será ótimo voltar a pilotar um F1”

Longe da Fórmula 1 desde a temporada 2020, Romain Grosjean admitiu que ainda aguarda a chance de realizar um teste com o carro da Mercedes, oferecido ao piloto francês logo após o acidente sofrido no GP do Bahrein. A questão, porém, é encontrar uma data de não seja conflitante com todos os compromissos que ambos possuem.

Grosjean protagonizou um dos acidentes mais assustadores da Fórmula 1 nos últimos anos. Na corrida realizada no circuito de Sakhir — a antepenúltima de 2020 —, ainda na largada, ele tentou ultrapassar Daniil Kvyat, tocou o russo e foi direto para o guard-rail, onde se arrastou até que o carro rompesse a estrutura de aço e se partisse ao meio. Depois disso tudo, pegou fogo. 

Romain demorou quase meio minuto para conseguir sair das chamas e pular o guard-rail para ser atendido pelo carro médico. Apesar do terror, o piloto sofreu apenas algumas queimaduras nas mãos, tanto que conseguiu participar de teste com a Indy no início de 2021. Desde então, Grosjean compete regularmente na principal categoria de monopostos dos Estados Unidos.

Voltar ao cockpit de um carro da Fórmula 1, porém, ainda é um dos desejos do veterano que estreou na categoria em 2009, e a Mercedes já se ofereceu um teste para o francês. Ao GP Racing, Grosjean assegurou que a proposta ainda está de pé.

“Sim, com certeza. Ainda não encontramos tempo — e sim, é por culpa minha”, explicou o francês. “Não é fácil, estou prevendo 30 fins de semana de corrida no próximo ano [2024]. Vocês reclamam dos 24 [GPs] na F1, mas eu tenho 18 na Indy, sete no endurance e cinco na F1 com o Canal+. Portanto, não é fácil adicionar um teste”, acrescentou.

De certa forma, o adiamento da sessão com a Mercedes foi proposital, pois Romain admitiu que quer ter a chance de guiar um carro da geração atual, que estreou em 2022. Por regulamento, testes privados só podem ser feitos com carros de ao menos duas temporadas anteriores.

“De forma muito egoísta, estou tentando adiar isso até o momento em que realmente possa testar a nova geração de carros. Mas sim, ainda estou ansioso para fazer isso, e sempre que vejo Toto [Wolff, chefe da Mercedes], ele confirma que vai acontecer. Sim, seria muito legal voltar a pilotar um carro de F1″, frisou.

Ao ser questionado sobre o acidente de 2020, Grosjean revelou que ainda sente dores na mão esquerda, mais comprometida pelas chamas, mas nada que o impeça de pilotar. “Tem dias que dói um pouco, a esquerda. Mas diria que em 95% das vezes, nem penso nisso”, concluiu.

​A Fórmula 1 volta às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada, no circuito de Sakhir, no Bahrein.

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