Sauber vê “projeto de transição” para 2026 e coloca chegada da Audi como “importante”

Após seis anos de parceria com a Alfa Romeo, a Sauber novamente vai mudar de nome em 2024 e correr como Stake por duas temporadas. Em 2026, porém, com a mudança de regulamento da Fórmula 1, vai passar a ser Audi. Com o apoio da famosa montadora alemã, a equipe espera reencontrar os bons resultados dentro da categoria, mas sabe que não vai ser com facilidade.

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, o chefe Alessandro Alunni Bravi comentou sobre as expectativas internas com a saída da Alfa Romeo e a presença da Audi no futuro breve. O dirigente acredita em um crescimento, mas admite as incertezas da transição.

“Foram seis anos de uma parceria fantástica, que foi desenvolvida dentro e fora das pistas. Graças a Alfa Romeo, apresentamos um projeto de negócios para a Fórmula 1. A Alfa Romeo foi instrumental em 2018 para o crescimento do time, dar confiança para as pessoas, parceiros, um projeto longo”, afirmou.

“É claro que estamos em um projeto de transição. Toda a nossa infraestrutura está sendo fortemente desenvolvida para virar Audi. É um processo que envolve departamentos mais velhos, não só os técnicos, e é animador. Somos um dos quatro times no clube das 500 corridas. Acho que temos uma herança e um bom ponto para começar na próxima temporada. Estamos de volta para o futuro”, acrescentou.

“Audi é uma acionista e é extremamente importante. Há uma dinâmica na companhia, de processos de decisões, as mais importantes. A Audi está trabalhando forte no motor para desenvolver para 2026. É um grupo de quase 50 pessoas para o departamento de motor, estão completando a nova fábrica com toda a tecnologia para competir na Fórmula 1. A Audi, como acionista, é nossa maior parceira. Existe discussão com eles sobre todas as decisões da companhia. Apontamos [Andreas] Seidl como nosso CEO para transformar o time para 2026, então há um diálogo constante do Andreas com a Audi”, completou Alunni Bravi.

Apesar das constantes mudanças de nomes e parceiros, além do desempenho ruim na temporada 2023 — terminando apenas na penúltima colocação —, o chefe garante que a Sauber não enfrenta problemas envolvendo dinheiro e que segue forte nos investimentos.

“Nunca tivemos problemas financeiros. Temos um dono forte, que sempre garantiu os recursos, não apenas para competir, mas também para desenvolver. Fizemos muitos investimentos quando ele entrou na companhia em 2017 em todos os setores, desde o túnel de vento até outros departamentos, de design. Este plano começou em 2017. Continuamos, tivemos tudo para competir. Só precisamos tomar as decisões certas e nos manter”, finalizou.

A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro de 2024, com os testes coletivos da pré-temporada, no Bahrein.

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