Vettel diz que tempos difíceis na Aston Martin foram importantes e “ensinaram muito”

Sebastian Vettel não encontrou o que queria quando foi para a Aston Martin e teve como melhor resultado um segundo lugar no GP do Azerbaijão de 2021. No entanto, o período complicado ajudou o tetracampeão a ver a Fórmula 1 com outros olhos

Com quatro títulos mundiais no currículo, Sebastian Vettel é, sem dúvidas, um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1. Pelas quatro equipes que defendeu por pelo menos uma temporada completa, o alemão só não conseguiu subir ao lugar mais alto do pódio com a Aston Martin, escuderia pela qual se aposentou. Mas isso não faz com que Vettel tenha deixado o time com algum tipo de trauma, pelo contrário.

Depois de dominar a Fórmula 1 no início dos anos 2010, Vettel nunca mais encontrou uma equipe com carro dominante, e a presença no pelotão da frente se tornou algo cada vez mais incomum na reta final de passagem pela Ferrari e, principalmente, na Aston Martin.

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Ao podcast Beyond The Grid, da F1, o piloto foi questionado se os louros do início da carreira lhe deram uma expectativa irreal do que poderia ser sua história na categoria, mas Seb não entende desta forma.

Sebastian Vettel se despediu da F1 ao final de 2022 (Foto: Aston Martin)

“Acho que não. Eu não via como ‘agora é o quinto ano, e é melhor do que o quarto ano.’ Eu nunca olhei por esse ângulo. Acho que dá para entender que – especialmente depois da onda de 2010 a 2013, e depois do ‘buraco’ de 2014 em que não ganhei uma corrida – você fica feliz depois de algumas corridas por estar de volta ao pódio, porque era algo que não alcançava há um tempo”, reconheceu Vettel.

O tetracampeão de 35 anos acredita que o período junto à Aston Martin, por exemplo, lhe ensinou a ver as coisas na Fórmula 1 por outra perspectiva, de forma a valorizar ainda mais o trabalho das equipes menores.

“É normal, muda a sua visão das coisas, enquanto você está na frente e ganhando o tempo todo, ficando em segundo e terceiro lugar, você não está feliz ou satisfeito consigo mesmo. Você poderia argumentar que os últimos dois anos, de certa forma, me ensinaram muito, pois não era capaz de vencer corridas porque o carro não era bom o suficiente”, disse o ex- piloto. “Essa é a natureza do nosso esporte. Quando você sempre está em um carro muito competitivo na frente, não vê o que está acontecendo atrás, mas os esforços das equipes e dos pilotos provavelmente são tão altos quanto. E isso me ensinou muito em termos de compreensão”, completou.

Vettel encerrou a carreira na Fórmula 1 ao fim da temporada 2022 defendendo a Aston Martin. Ao longo da passagem pela categoria, ‘Seb’ também correu pela BMW Sauber – apenas em parte da temporada -, Toro Rosso, Red Bull e Ferrari, conquistando 4 títulos mundiais, 53 vitórias e 57 poles.

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